Copom: entenda os efeitos do ‘choque de juros’ no crédito e na vida do consumidor



Brasília, 29 de janeiro de 2025 – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% ao ano pela terceira reunião consecutiva. A decisão, anunciada nesta quarta-feira, mantém a postura de combate à inflação, mas suscita debates sobre os impactos do choque de juros no crédito e no consumo das famílias brasileiras. O impacto já é sentido no bolso dos consumidores, com o encarecimento do crédito e a diminuição do consumo.

Segundo o comunicado do Copom, a decisão de manter a Selic inalterada reflete a avaliação de que o processo de desinflação está em curso, embora persistam riscos e incertezas. A autoridade monetária reconhece que o choque de juros impacta a atividade econômica, mas considera necessário manter a firmeza da política monetária para assegurar a convergência da inflação para a meta de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

O impacto do aumento da Selic é visível no crédito. O custo do crédito para pessoas físicas e jurídicas aumentou significativamente, afetando o acesso a financiamentos para consumo, investimentos e capital de giro. Empréstimos, financiamentos imobiliários e linhas de crédito para empresas estão mais caros, o que impacta diretamente nos investimentos e no consumo.

O impacto no consumo é igualmente relevante. Com o crédito mais caro, os consumidores estão reduzindo seus gastos, principalmente com bens duráveis como veículos e eletrodomésticos. A diminuição do consumo afeta a atividade econômica, podendo gerar impacto em diversos setores. O comportamento das famílias diante dos juros elevados tem sido analisado pelo Banco Central para uma melhor avaliação da situação.

A expectativa do mercado para os próximos passos do Copom permanece dividida. Embora a manutenção da Selic em 13,75% sinalize uma pausa no ciclo de alta, a possibilidade de novos aumentos ou reduções futuras permanece em discussão, dependendo da evolução da inflação e de outros indicadores econômicos. O Banco Central continuará monitorando de perto a situação e avaliando a necessidade de ajustes na política monetária para atingir suas metas de inflação.

Em conclusão, a decisão do Copom de manter a Selic em 13,75% demonstra a preocupação com a inflação, mesmo com os impactos negativos do choque de juros sobre o crédito e o consumo. A situação requer monitoramento constante e a decisão de futuras alterações na taxa dependerá da evolução da inflação e outros indicadores econômicos nos próximos meses. A manutenção da taxa em patamares elevados deverá continuar impactando o crédito e o consumo, exigindo adaptação das famílias e empresas ao novo cenário econômico.

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