Contas do governo têm déficit de R$ 4,5 bilhões em novembro; no ano, resultado negativo recua 40%
Brasília, 15 jan 2025 – As contas do governo federal registraram um déficit de R$ 45 bilhões em novembro, segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional nesta terça-feira (15). O resultado representa um aumento significativo em relação ao déficit de R$ 19,7 bilhões registrado no mesmo mês de 2024, e sinaliza um agravamento das dificuldades fiscais do país.
O resultado negativo de novembro foi influenciado principalmente pela queda na arrecadação e pelo aumento das despesas. A receita líquida do governo somou R$ 168,5 bilhões, enquanto as despesas atingiram R$ 213,5 bilhões. Comparado ao mesmo período do ano anterior, a arrecadação apresentou uma queda de 2,6%, enquanto as despesas tiveram um crescimento de 13,1%. Esse crescimento expressivo nas despesas contrasta com a estagnação da arrecadação, aprofundando o rombo nas finanças públicas.
O déficit primário, que exclui os gastos com juros da dívida, atingiu R$ 39,5 bilhões em novembro. Este número também representa um aumento significativo em relação ao déficit primário de R$ 16,9 bilhões verificado em novembro de 2024. O aumento do déficit primário demonstra a dificuldade do governo em controlar os gastos mesmo sem levar em consideração os custos com a dívida pública.
O Tesouro Nacional não detalhou as causas específicas para a queda na arrecadação e o aumento das despesas em seu comunicado. Entretanto, especialistas apontam para a combinação de fatores como a desaceleração da economia e o impacto de medidas de auxílio social implementadas pelo governo como possíveis contribuintes para o cenário apresentado.
O resultado de novembro indica um desafio considerável para o governo em relação ao cumprimento das metas fiscais para o ano. O acúmulo de déficits ao longo dos meses exige medidas urgentes para conter o agravamento da situação financeira do país. As próximas semanas serão decisivas para a definição de estratégias para controlar as despesas e impulsionar a arrecadação. A situação fiscal preocupante exige uma análise cuidadosa por parte do governo e um monitoramento atento por parte do mercado e da população.