Conselho Federal de Medicina pede que Anvisa proíba a venda de PMMA em procedimentos estéticos
Brasília, 23 de janeiro de 2025 – O Conselho Federal de Medicina (CFM) solicitou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a proibição da venda de polimetilmetacrilato (PMMA) para uso em procedimentos estéticos. A decisão, divulgada nesta quarta-feira, se baseia em preocupações com a segurança dos pacientes e a alta incidência de complicações associadas ao uso dessa substância.
O CFM argumenta que o PMMA, apesar de aprovado para uso em algumas aplicações médicas específicas, apresenta riscos significativos quando utilizado em procedimentos estéticos, especialmente devido à dificuldade de remoção em caso de complicações. A entidade destaca o grande número de casos de complicações relatados, que incluem granulomas, necrose tecidual e deformidades estéticas, exigindo, em muitos casos, intervenções cirúrgicas complexas para correção. O Conselho enfatiza a falta de controle sobre a qualidade dos produtos e a formação inadequada de muitos profissionais que realizam os procedimentos com PMMA, contribuindo para o aumento dos riscos para os pacientes.
A solicitação ao órgão regulador destaca a necessidade de uma ação urgente para proteger a população. O CFM alega que a proibição da venda do PMMA para fins estéticos é uma medida necessária para minimizar os riscos e garantir a segurança dos pacientes que buscam procedimentos de embelezamento. A entidade reforça que a utilização de outros materiais e técnicas mais seguras e eficazes está disponível para os profissionais da área.
O Conselho Federal de Medicina espera uma resposta rápida e efetiva da Anvisa quanto ao pedido de proibição, reiterando seu compromisso com a segurança e a saúde da população brasileira. A entidade permanece atenta ao desenvolvimento de novas tecnologias e práticas no setor da estética, buscando sempre garantir a proteção dos pacientes e a qualidade dos procedimentos. A Anvisa ainda não se manifestou oficialmente sobre o pedido do CFM.