Conselho Federal de Medicina é contra cotas para residência médica: ‘Discriminação reversa’, diz CFM



CFM critica cotas para residência médica: “discriminação reversa”, diz entidade

O Conselho Federal de Medicina (CFM) se posicionou contrariamente à implementação de cotas para a residência médica no Brasil. Em nota divulgada nesta quarta-feira (7), a entidade classificou a medida como “discriminação reversa” e defendeu o ingresso na especialização médica com base no mérito.

A posição do CFM se dá em resposta à discussão sobre a implementação de cotas para a residência médica, que ganhou força após a aprovação da Lei 13.409/2016, que garante a reserva de vagas para estudantes de escolas públicas em cursos de graduação em universidades públicas.

Segundo o CFM, a adoção de cotas na residência médica seria “um retrocesso para a medicina brasileira”, e prejudicaria a qualidade do atendimento à população. A entidade argumenta que a medida “desconsidera o histórico de desigualdade social no Brasil e a necessidade de garantir a formação de médicos qualificados para todos os cidadãos”.

O CFM defende que a solução para a desigualdade no acesso à saúde no Brasil reside na ampliação do número de vagas para a residência médica e na criação de programas de apoio aos estudantes de escolas públicas. “A qualificação médica não pode ser limitada por cotas, mas sim por critérios de mérito e capacidade”, afirma a entidade.

A posição do CFM gerou debates acalorados nas redes sociais. Defensores das cotas argumentam que a medida é necessária para garantir a inclusão de estudantes de escolas públicas na especialização médica e para combater a desigualdade racial e social no país. Já os críticos da medida alegam que a qualidade do atendimento médico pode ser prejudicada com a adoção de cotas, e que a medida pode gerar discriminação contra os estudantes de escolas particulares.

O debate sobre a implementação de cotas para a residência médica permanece em aberto. A decisão final sobre a implementação da medida caberá ao Ministério da Saúde, que deverá levar em consideração os argumentos de ambos os lados e as necessidades da população brasileira.

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