Como eleição de Trump pode afetar acesso ao aborto nos EUA
Eleição de Trump: Ameaça à legalização do aborto nos EUA?
A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais americanas de 2016 acendeu um alerta para os defensores do direito ao aborto nos Estados Unidos. O republicano, conhecido por suas posições conservadoras e antiaborto, prometeu nomear juízes da Suprema Corte que reverteriam a decisão histórica de Roe v. Wade, de 1973, que legalizou o aborto no país.
Com a promessa de Trump, o futuro da legalização do aborto nos EUA se tornou incerto. A decisão de Roe v. Wade, que garante o direito à interrupção da gravidez até o terceiro trimestre, está sob constante ataque de grupos conservadores e religiosos. Atualmente, a Suprema Corte conta com cinco juízes conservadores, nomeados por presidentes republicanos, e quatro juízes liberais, nomeados por presidentes democratas.
Em 2016, 60% dos americanos acreditavam que o aborto deveria ser legal em todos ou na maioria dos casos, segundo uma pesquisa do Pew Research Center. No entanto, o apoio ao aborto é dividido ao longo de linhas partidárias, com democratas mais propensos a apoiar o direito ao aborto do que republicanos.
A possibilidade de Trump nomear juízes da Suprema Corte com posições antiaborto representa uma ameaça real à legalização do aborto nos EUA. A decisão de Roe v. Wade poderia ser revertida, tornando o aborto ilegal em todo o país ou limitando o acesso à interrupção da gravidez em vários estados.
A eleição de Trump também gerou uma onda de protestos em todo o país. Milhares de mulheres se manifestaram contra as políticas de Trump, especialmente aquelas que afetam os direitos reprodutivos. A marcha das mulheres em Washington, realizada no dia seguinte à posse de Trump, reuniu mais de 500 mil pessoas em protesto contra as políticas do novo presidente.
A luta pelos direitos reprodutivos nos Estados Unidos é longa e complexa. A eleição de Trump adicionou um novo capítulo a essa história, colocando em risco a legalização do aborto e intensificando a luta por direitos das mulheres no país.