Como é praxe no bolsonarismo, Zema esconde a verdade, diz Haddad sobre críticas ao Propag
São Paulo, 28 de agosto de 2023 – O ex-ministro da Fazenda e candidato à Presidência da República em 2022, Fernando Haddad, acusou o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), de esconder a verdade sobre as críticas à propaganda institucional do governo federal. Em entrevista à CartaCapital, Haddad afirmou que a postura de Zema é “praxe no bolsonarismo”, referindo-se à estratégia de omissão e desinformação frequentemente empregada durante o governo de Jair Bolsonaro.
As declarações de Haddad foram feitas em resposta às críticas de Zema à publicidade governamental. O governador mineiro questionou os gastos com propaganda, afirmando que parte do dinheiro poderia ser direcionada a outras áreas. Haddad rebateu a crítica, argumentando que a verba empregada na publicidade institucional está dentro do previsto em lei e atende aos preceitos constitucionais de transparência e prestação de contas. Ele destacou ainda que os recursos são utilizados para informar a população sobre políticas públicas importantes e os seus resultados.
Haddad apontou a estratégia de Zema como uma tentativa de desviar o foco da real situação e de omitir dados relevantes para a sociedade. Sem citar percentuais específicos da verba utilizada na publicidade ou de qual destinação alternativa Zema propõe, Haddad reforçou que a postura do governador mineiro se encaixa num padrão recorrente do bolsonarismo: a de criar narrativas simplificadas e distorcidas para desqualificar ações do governo. O ex-ministro não forneceu dados adicionais ou detalhamentos sobre o montante de recursos empregados na publicidade governamental ou a proporção em relação ao orçamento.
A entrevista de Haddad traz à tona o debate sobre a transparência e a gestão de recursos públicos, além de evidenciar o aprofundamento das divergências políticas no cenário nacional. A oposição entre as visões de Haddad e Zema, ambos com expressivo cacife político, reforça as tensões entre os diferentes espectros ideológicos do país e a necessidade de um debate público mais aprofundado e transparente sobre a utilização de recursos públicos. A ausência de dados concretos por parte de ambos, no entanto, dificulta uma análise mais precisa da questão.
A resposta de Zema às declarações de Haddad ainda não foi divulgada. A expectativa é que o governador se posicione publicamente nos próximos dias, fornecendo mais detalhes sobre suas críticas à publicidade governamental e respondendo às acusações de omissão. A continuidade desse debate certamente influenciará as discussões sobre a gestão pública e o uso responsável dos recursos públicos no Brasil.