Como a presidência de Trump pode levar a uma ‘faxina’ no Pentágono
Trump de volta à Casa Branca: Uma “faxina” no Pentágono?
A vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos em 2024 reacendeu a discussão sobre possíveis mudanças no comando militar do país. A possibilidade de uma “faxina” no Pentágono, com a troca de altos oficiais, ganhou força após declarações do próprio Trump, que prometeu “limpar a corrupção” no departamento de Defesa. A promessa do ex-presidente, que já governou o país entre 2017 e 2021, foi feita em um comício no estado da Pensilvânia no dia 10 de novembro, um dia após a divulgação dos resultados da eleição.
Trump, que venceu a disputa contra o atual presidente Joe Biden com 306 votos no Colégio Eleitoral, já havia demonstrado insatisfação com o alto comando militar durante seu primeiro mandato. Ele demitiu o então secretário de Defesa, James Mattis, em 2018, e frequentemente criticou o trabalho do Pentágono, especialmente em relação à atuação no Afeganistão.
A possibilidade de uma “faxina” no Pentágono se tornou um dos temas centrais da campanha de Trump. Ele criticou o que chamou de “corrupção generalizada” no departamento de Defesa, alegando que altos oficiais estariam mais preocupados com seus próprios interesses do que com a segurança nacional. Em seus discursos, Trump prometeu demitir e substituir diversos oficiais, incluindo o atual secretário de Defesa, Lloyd Austin, e o chefe do Estado-Maior Conjunto, General Mark Milley.
A promessa de Trump de “limpar a corrupção” no Pentágono gerou reações diversas. Alguns especialistas em segurança nacional manifestaram preocupação com a possível troca de oficiais experientes por aliados políticos de Trump, o que poderia comprometer a capacidade de resposta do país a crises internacionais. Outros, porém, defenderam a necessidade de uma “renovação” no comando militar, argumentando que o Pentágono estaria em “modo de piloto automático” e precisaria de novas ideias e lideranças.
Ainda é cedo para saber quais serão as ações concretas de Trump em relação ao Pentágono. O ex-presidente, conhecido por suas declarações polêmicas e mudanças repentinas de postura, pode optar por um caminho mais moderado, limitando-se a nomear novos assessores e membros do Conselho de Segurança Nacional. No entanto, a promessa de uma “faxina” no Pentágono já coloca em alerta os militares e a comunidade internacional, que aguardam com expectativa os próximos passos do novo presidente dos Estados Unidos.