Comandante da PM de SP chama de ‘erro emocional’ ação de policial que atirou homem de ponte



Comandante da PM de SP classifica como “erro emocional” ação de policial que atirou em homem de ponte

– O comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, coronel Álvaro Camilo, classificou como “erro emocional” a ação do policial militar que atirou em um homem que estava em uma ponte na Marginal Tietê, na capital paulista, na última segunda-feira (24). O caso, que gerou grande repercussão nas redes sociais, mostra imagens do homem, aparentemente em sofrimento emocional, sentado na mureta da ponte, antes de ser atingido por um disparo.

Segundo informações divulgadas pela PM, o policial alegou ter se sentido ameaçado pelo homem. No entanto, o vídeo que circula nas redes sociais e foi divulgado pela imprensa mostra uma situação que contradiz essa justificativa, levantando dúvidas sobre a proporcionalidade da reação do agente de segurança. O vídeo mostra o homem em uma aparente situação de vulnerabilidade, sem demonstrar agressão imediata ao policial. A gravidade do ocorrido e a ausência de uma aparente ameaça imediata reforçam a crítica à ação policial.

A corporação abriu um inquérito policial militar (IPM) para apurar as circunstâncias do fato. O IPM buscará investigar se houve violação do protocolo de segurança e se a reação do policial foi condizente com a situação. Paralelamente, a Corregedoria da PM também foi acionada para analisar o caso. Ainda não há informações sobre o estado de saúde do homem atingido pelo disparo, mas o ocorrido levanta sérias questões sobre o treinamento e o uso de força letal por parte das forças de segurança pública.

O coronel Camilo, ao se manifestar sobre o caso, demonstrou preocupação com o incidente e reiterou o compromisso da corporação com a preservação da vida. A classificação da ação como “erro emocional” sugere que a PM reconhece a necessidade de aperfeiçoamento nos protocolos de abordagem e no treinamento dos seus policiais para lidar com situações de crise envolvendo pessoas em sofrimento mental. A investigação em curso deverá apontar responsabilidades e contribuir para medidas que evitem a repetição de casos semelhantes.

A repercussão negativa do caso nas redes sociais e na mídia destaca a urgência da revisão das práticas de abordagem policial e a importância de priorizar a preservação da vida, mesmo em situações complexas. A transparência na apuração dos fatos e a responsabilização, caso comprovadas irregularidades, são cruciais para a construção da confiança da população na Polícia Militar e para a garantia dos direitos humanos.

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