Com Pimenta fora da Secom, veja a divisão da Esplanada dos Ministérios por partidos



Brasília, 28 de junho de 2023 – A Esplanada dos Ministérios sofreu mais uma reformulação com a saída da ministra Ana Moser do Esporte. A mudança, anunciada em 27 de junho, reconfigura o mapa de poder no governo Lula, reforçando a presença do PP e do União Brasil no primeiro escalão. A dança das cadeiras deixa evidente a complexa articulação política necessária para garantir a governabilidade neste início de mandato.

Com a saída de Moser, o partido Rede Sustentabilidade, ao qual ela pertencia, deixa de ocupar um ministério. Essa movimentação acentua o peso de outras legendas na composição ministerial. O PP, partido do presidente da Câmara, Arthur Lira, mantém sua influência com o comando do Ministério da Agricultura e Pecuária, sob o comando de Carlos Fávaro, e agora também assume o Ministério do Esporte, com a nomeação de Silvio Costa Filho. Já o União Brasil, que conta com a vice-presidência da República ocupada por Geraldo Alckmin, consolida sua posição com a permanência do comando do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, sob a liderança de Geraldo Alckmin.

A análise da distribuição dos ministérios por partidos revela uma complexa teia de alianças. O PT, partido do presidente Lula, mantém o maior número de ministérios, representando quase 40% do total. Apesar disso, a ascensão do PP e do União Brasil demonstra a importância estratégica dessas legendas na base de apoio do governo. Outros partidos, como o PSD, MDB e PSB, também ocupam posições significativas na Esplanada.

A troca no Ministério do Esporte reforça a tese de que o governo Lula precisa constantemente equilibrar as forças políticas para garantir a aprovação de projetos importantes no Congresso Nacional. A saída de Ana Moser, uma figura de perfil técnico, e a entrada de Silvio Costa Filho, um político experiente com fortes laços com o Centrão, evidencia essa estratégia de negociação e manutenção do apoio parlamentar. A nova configuração da Esplanada, portanto, reflete as contínuas disputas e negociações inerentes ao exercício do poder em um sistema político marcado por diferentes ideologias e interesses.

Em resumo, a reformulação ministerial demonstra a dinâmica da política brasileira, onde a busca por alianças e o jogo de poder moldam constantemente a composição do governo. A saída de Ana Moser e a entrada de Silvio Costa Filho marcam um novo capítulo nessa complexa equação, reforçando o papel estratégico do PP e do União Brasil no governo Lula.

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