Com dólar acima de R$ 6, Copom deve acelerar o ritmo da alta de juros nesta quarta



Brasília, 11 de dezembro de 2024 – Com o dólar comercial ultrapassando a barreira dos R$ 6,00, o mercado financeiro prevê que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central acelere o ritmo de alta da taxa básica de juros, a Selic, em sua reunião desta quarta-feira (11/12). A expectativa é de um aumento de 0,5 ponto percentual, elevando a Selic para 13,75% ao ano. Essa seria a quarta alta consecutiva da taxa, após o corte de 0,5 ponto em agosto.

A pressão cambial, impulsionada por incertezas fiscais e a perspectiva de um cenário econômico global desafiador, tem sido o principal fator para a projeção de um aumento mais significativo da Selic. Analistas acreditam que o Banco Central precisa agir com mais contundência para conter a desvalorização da moeda brasileira e controlar a inflação. A alta do dólar impacta diretamente os preços dos produtos importados, alimentando a pressão inflacionária.

Embora a inflação tenha apresentado sinais de arrefecimento em novembro, permanecendo acima da meta estabelecida pelo governo, o Copom precisa equilibrar a necessidade de combater a inflação com a preocupação de não sufocar o crescimento econômico. A decisão desta quarta-feira será crucial para sinalizar a postura do Banco Central frente aos desafios econômicos do país, especialmente diante da volatilidade cambial. A reunião do Copom ocorre em meio a debates acirrados sobre a sustentabilidade da política fiscal brasileira e a necessidade de aprovação de reformas estruturais para garantir a confiança dos investidores.

A decisão final do Copom será divulgada no fim da tarde desta quarta-feira, acompanhada de um comunicado oficial que detalhará os motivos da escolha e as perspectivas para a política monetária nos próximos meses. O mercado permanecerá atento à comunicação do Banco Central, buscando pistas sobre os próximos passos da política de juros em 2025. A expectativa é que o ritmo de alta da Selic possa ser ajustado em futuras reuniões, dependendo da evolução da inflação e do câmbio.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *