Com aumento das chuvas, Aneel anuncia redução da bandeira vermelha para amarela em novembro



Bandeira amarela na conta de luz em novembro: consumidores do Sudeste e Centro-Oeste podem ter aumento no preço da energia

A partir de novembro, os consumidores de energia elétrica do Sudeste e Centro-Oeste do Brasil podem se deparar com um aumento nas suas contas de luz. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira (25/10) que a bandeira tarifária será amarela no próximo mês, o que significa um acréscimo de R$ 0,020 por quilowatt-hora (kWh) consumido.

A bandeira amarela, que sinaliza condições de geração de energia menos favoráveis, é aplicada quando há necessidade de acionar usinas termelétricas, que são mais caras que as hidrelétricas. De acordo com a Aneel, a decisão de adotar a bandeira amarela em novembro se deve à baixa quantidade de chuvas nos últimos meses, que afetou o nível dos reservatórios das hidrelétricas, especialmente na região Sudeste.

Segundo dados da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), o nível médio dos reservatórios das usinas hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste está atualmente em 50% da capacidade. No mesmo período do ano passado, o índice era de 60%.

Essa redução no nível dos reservatórios impacta diretamente o custo de produção da energia, já que as usinas termelétricas precisam ser acionadas para suprir a demanda. O custo da geração termoelétrica é mais alto, o que reflete no valor final da conta de luz.

A bandeira amarela representa um acréscimo de R$ 0,020 por kWh consumido na conta de luz. Para um consumidor que utiliza 200 kWh por mês, o aumento na conta será de R$ 4,00. A Aneel ressalta que a bandeira amarela é um mecanismo para sinalizar aos consumidores a necessidade de economizar energia, e que a redução no consumo pode evitar a necessidade de acionar usinas termelétricas e, consequentemente, conter o aumento das tarifas.

O anúncio da bandeira amarela para novembro aumenta a preocupação com o futuro do setor energético brasileiro, especialmente em relação à segurança hídrica do país. A falta de chuvas nos últimos meses coloca em risco o abastecimento de água e energia, e a situação exige medidas urgentes para garantir a segurança energética do país.

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