China reage a anúncio de Trump sobre aumento de tarifas: “Ninguém vencerá uma guerra comercial”
São Paulo, 10 de maio de 2019 – A China respondeu com veemência ao anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aumento das tarifas sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses. O Ministério do Comércio chinês afirmou que a medida é uma violação dos princípios da Organização Mundial do Comércio (OMC) e que Pequim não recuará em sua defesa de seus interesses legítimos. A declaração chinesa ressaltou que uma guerra comercial não tem vencedores e que a escalada das tensões comerciais prejudicará ambos os países e a economia global.
Trump anunciou na sexta-feira (10/05/2019) a elevação das tarifas de 10% para 25% sobre os US$ 200 bilhões em produtos chineses, intensificando a guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. Essa decisão, segundo a Casa Branca, é uma resposta à falta de progresso nas negociações comerciais e à percepção de que a China não está cumprindo suas promessas. O aumento das tarifas afeta uma vasta gama de produtos, desde eletrodomésticos e componentes eletrônicos até artigos de vestuário e brinquedos.
A reação chinesa foi imediata e contundente. Em um comunicado divulgado no mesmo dia, o Ministério do Comércio chinês condenou a decisão americana, qualificando-a como uma “grave violação dos princípios da OMC e do espírito do consenso alcançado entre os dois países”. O comunicado reforça a disposição chinesa de negociar, mas destaca que Pequim “não hesitará em tomar as medidas necessárias para proteger seus interesses legítimos”.
A declaração chinesa foi além da simples retórica, advertindo que a escalada da guerra comercial terá consequências negativas para ambos os lados. As autoridades chinesas afirmaram que a medida de Trump prejudicará gravemente a confiança mútua entre as duas nações e terá um impacto negativo significativo na economia mundial. A frase “ninguém vencerá uma guerra comercial” foi usada para enfatizar a postura chinesa de que uma solução negociada é preferível à continuação da escalada de tensões.
A declaração conclui expressando a determinação chinesa de defender seus direitos e interesses, sugerindo que novas medidas de retaliação podem estar a caminho, apesar da ênfase na busca de uma solução negociada. A incerteza sobre o futuro das relações comerciais entre Estados Unidos e China permanece alta, com o potencial de impactos significativos na economia global.