China diz que é ‘extremamente improvável’ que Covid-19 tenha ‘vazado’ de laboratório
China Reforça tese de origem natural da Covid-19, descartando vazamento de laboratório
– A China reiterou nesta terça-feira sua posição de que é “extremamente improvável” que o vírus SARS-CoV-2, causador da pandemia de Covid-19, tenha escapado de um laboratório. A afirmação foi feita em um relatório divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores chinês, após anos de especulação internacional sobre a origem do patógeno. O documento, resultado de uma investigação independente conduzida por especialistas chineses, reforça a hipótese de que o vírus tenha origem zoológica, provavelmente através da transmissão de um animal para humanos.
O relatório destaca a ausência de evidências que comprovem a teoria do vazamento laboratorial. A investigação, segundo o Ministério, analisou uma ampla gama de dados, incluindo estudos epidemiológicos, genômicos e de virologia. Os especialistas chineses concluíram que a hipótese de transmissão zoológica é a mais plausível, apontando para a possibilidade de um “evento de transmissão zoonótica”, ou seja, a passagem do vírus de um animal para um humano. Embora o relatório não especifique a espécie animal envolvida, a análise genética do vírus continua a sugerir uma origem animal.
O documento também enfatiza a cooperação internacional como crucial para a compreensão completa da origem da pandemia. A China, porém, reforça sua posição contrária a novas investigações internacionais, argumentando que o relatório já fornece evidências suficientes para descartar a hipótese do vazamento laboratorial. A declaração chinesa ocorre em meio a contínuas pressões internacionais por mais transparência e acesso a informações sobre os primeiros casos de Covid-19 registrados em Wuhan.
Apesar das conclusões do relatório chinês, a comunidade científica internacional permanece dividida sobre a questão da origem da Covid-19. Diversos especialistas em saúde pública ainda defendem a necessidade de investigações mais aprofundadas e transparentes para esclarecer definitivamente a questão, destacando a importância de acesso irrestrito a dados relevantes e colaboração internacional efetiva. A falta de consenso sobre a origem da pandemia continua sendo um ponto crítico para a prevenção de futuras pandemias e para a construção de sistemas de saúde pública mais robustos e preparados para lidar com ameaças globais. A posição inflexível da China, porém, dificulta a busca por uma resposta definitiva e consensual.