Chefe da diplomacia dos EUA afirma que Trump fala sério quando diz querer comprar Groenlândia



Brasília, 16 de agosto de 2019 – A ideia do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de comprar a Groenlândia não é uma brincadeira, segundo o secretário de Estado americano, Mike Pompeo. Em entrevista à rede de televisão Fox News, Pompeo confirmou a seriedade do interesse da Casa Branca na aquisição do território autônomo dinamarquês, embora tenha evitado entrar em detalhes sobre a viabilidade ou o andamento de tais negociações. A declaração surge após dias de especulação e repercussão internacional gerada pelo próprio Trump.

A notícia da possível compra da Groenlândia causou surpresa e indignação em diversos setores, incluindo a Dinamarca. A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, considerou a ideia “absurda”, enquanto o ministro das Relações Exteriores dinamarquês, Anders Samuelsen, descreveu a situação como um “assunto completamente fora de questão”. A Groenlândia, território com uma população de 56 mil habitantes, possui grande riqueza em recursos naturais, incluindo minerais e petróleo. A região também possui uma localização estratégica, próxima ao Ártico, e é crucial para as ambições americanas na região.

Pompeo, durante a entrevista à Fox News, não forneceu mais informações sobre como os EUA pretendem prosseguir com uma possível compra. Ele apenas reforçou que a ideia é algo que Trump considera seriamente. A falta de detalhes sobre a proposta, como o valor envolvido e a forma de pagamento, mantém o assunto em um nebuloso território especulativo. A declaração, no entanto, indica que o assunto, ainda que considerado inusitado pela comunidade internacional, está sendo levado a sério pela administração americana, ao menos em termos de consideração política.

A repercussão internacional continua intensa. Além da reação do governo dinamarquês, a proposta de Trump gerou amplas discussões em fóruns internacionais e na mídia global, colocando em xeque a diplomacia americana e gerando questionamentos sobre as reais motivações por trás da ideia, além das implicações geopolíticas de uma possível transferência de soberania. A situação, por enquanto, permanece indefinida, aguardando-se novas informações por parte do governo americano. A falta de clareza alimenta especulações sobre o futuro da Groenlândia e a complexa relação entre os EUA e a Dinamarca.

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