Chanceler da Alemanha demite ministro das Finanças: ‘Necessário para evitar danos ao nosso país’



Chanceler da Alemanha demite ministro das Finanças em meio a crise econômica

A Alemanha viveu um dia de grande instabilidade política nesta quarta-feira, 6 de novembro, com a demissão do ministro das Finanças, Christian Lindner, pelo chanceler Olaf Scholz. A decisão, anunciada em pronunciamento público, foi justificada como uma medida necessária para evitar “danos maiores ao nosso país”, em meio à crise econômica que assola a Alemanha.

Lindner, do partido liberal FDP, foi alvo de críticas por sua gestão das finanças públicas, especialmente diante da crescente inflação e do alto déficit orçamentário. Em sua fala, Scholz afirmou que a confiança na capacidade de Lindner de conduzir o país através da crise “foi abalada” e que “ações firmes se tornaram urgentes”.

A saída de Lindner, que ocupava o cargo desde dezembro de 2021, abre um novo capítulo na crise política alemã. A popularidade do governo Scholz está em queda livre, com pesquisas apontando que apenas 28% dos alemães aprovam a gestão do chanceler.

A situação econômica do país é preocupante. A inflação atingiu 8,5% em outubro, o que coloca a Alemanha em um dos piores cenários da União Europeia. O déficit orçamentário também se tornou um fator de preocupação, com as projeções apontando para um rombo de 1,5% do PIB no ano que vem.

Ainda não se sabe quem será o substituto de Lindner, mas a decisão de Scholz é vista por muitos como um movimento para tentar estancar a crise política e reavivar a confiança dos investidores. O chanceler terá que agir com cautela para nomear um novo ministro, que consiga navegar em um cenário econômico complexo e restabelecer a estabilidade financeira do país.

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