CGU, PF e Receita Federal investigam desvios de R$ 75,8 milhões em obras de rodovias no Paraná



Desvios de R$ 758 milhões em obras de rodovias no Paraná sob investigação da CGU, PF e Receita Federal

– A Controladoria-Geral da União (CGU), Polícia Federal (PF) e Receita Federal estão investigando desvios de R$ 758 milhões em obras de rodovias no Paraná. A operação, batizada de “Asfalto”, teve início em 2022 e investiga fraudes em licitações e contratos para a construção e reforma de rodovias estaduais.

As investigações apontam que empresas vencedoras de licitações superfaturavam os custos das obras e utilizavam materiais de qualidade inferior, além de desviar recursos públicos para contas no exterior. Os desvios ocorreram em obras de diferentes trechos de rodovias, incluindo a BR-376, BR-153 e BR-277, que são importantes corredores de escoamento de produção para o estado.

Segundo a CGU, as investigações já identificaram indícios de corrupção, fraude e lavagem de dinheiro em pelo menos seis empresas, envolvendo um total de 17 contratos. A operação conta com a participação de 100 policiais federais, auditores da CGU e servidores da Receita Federal.

A investigação abrange um período de 10 anos, desde 2013, e já foram cumpridos mandados de busca e apreensão em diversos locais, incluindo empresas, residências de investigados e escritórios de advocacia. A operação “Asfalto” é a maior investigação de corrupção em obras públicas no Paraná desde a Operação Lava Jato.

O governador do Paraná, Ratinho Júnior, afirmou que a investigação da CGU, PF e Receita Federal é essencial para apurar os crimes e responsabilizar os envolvidos. Ele também ressaltou que o estado está colaborando com as investigações e que a população pode acompanhar as ações por meio do site da CGU.

“É importante destacar que as investigações estão em andamento e que todos os envolvidos são considerados inocentes até que se prove o contrário”, afirmou Ratinho Júnior em nota. “Estamos trabalhando para garantir que os recursos públicos sejam utilizados de forma transparente e eficiente”, concluiu o governador.

A operação “Asfalto” evidencia a necessidade de mecanismos de controle mais eficazes para evitar desvios em obras públicas. A investigação deve levar ao aprofundamento do caso e à responsabilização dos envolvidos, com o objetivo de garantir a punição dos culpados e o retorno dos recursos desviados aos cofres públicos.

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