Cerca de 44 mil crianças ficam órfãs de ao menos um dos pais no Brasil por ano desde 2021, aponta levantamento
São Paulo, 27 de novembro de 2024 – A perda de um dos pais ou de ambos afeta aproximadamente 44 mil crianças e adolescentes por ano no Brasil, desde 2021. O dado alarmante é resultado de um levantamento realizado e divulgado pelo G1, baseado em informações do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde. A pesquisa demonstra a magnitude do problema da orfandade no país e suas potenciais consequências para o desenvolvimento e bem-estar da população infanto-juvenil.
O estudo analisou os registros de óbitos de 2021 a 2023 e constatou que a média anual de crianças que perderam ao menos um dos pais gira em torno de 43.938. Embora não especifique a causa da morte dos pais, o levantamento destaca a necessidade de políticas públicas mais eficazes para amparar essas famílias e crianças em situação de vulnerabilidade. A falta de um dos progenitores impacta diretamente na vida da criança, podendo afetar sua educação, saúde e bem-estar emocional.
A pesquisa destaca a complexidade do problema, sem especificar as faixas etárias mais atingidas ou a distribuição geográfica do fenômeno. A ausência dessas informações detalhadas ressalta a necessidade de pesquisas mais aprofundadas, que permitam um entendimento mais completo do perfil das crianças e adolescentes afetados e as especificidades regionais. A compreensão dessas nuances é crucial para o desenvolvimento de políticas públicas direcionadas e eficazes.
A ausência de um ou de ambos os pais deixa muitas famílias em situação de fragilidade, exigindo um esforço coletivo para a proteção das crianças e adolescentes afetados. O estudo do G1 aponta para a urgência de se investir em políticas de assistência social e programas de apoio familiar, garantindo o acesso a recursos e suporte necessário para garantir seus direitos fundamentais. A prevenção de mortes evitáveis entre os pais, através de campanhas de conscientização e acesso a serviços de saúde, também se configura como ação prioritária.
Em conclusão, o número expressivo de crianças que ficam órfãs a cada ano no Brasil exige uma resposta contundente por parte das autoridades e da sociedade civil. É fundamental a implementação de políticas públicas integradas e efetivas que garantam a proteção e o bem-estar dessas crianças, mitigando os impactos negativos da perda dos pais em suas vidas. A pesquisa do G1 serve como um alerta e um chamado à ação para enfrentar esse desafio social de grande magnitude.