Cerca de 1,2 mil crianças na PB ficam órfãs de ao menos um dos pais por ano desde 2021, aponta levantamento
João Pessoa, 27 de novembro de 2024 – A Paraíba enfrenta um cenário preocupante: cerca de 12 mil crianças e adolescentes ficam órfãos de pelo menos um dos pais por ano, desde 2021. O dado alarmante foi revelado por um levantamento realizado pelo Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), que analisou os processos de adoção no estado. A pesquisa destaca a necessidade urgente de políticas públicas voltadas para o acolhimento e proteção dessas crianças, muitas vezes expostas a situações de vulnerabilidade social.
O estudo do TJPB analisou os números de órfãos registrados nos últimos três anos, apontando uma média anual próxima de 12 mil crianças que perderam ao menos um dos pais. Embora o levantamento não detalhe as causas específicas da perda dos pais – que podem incluir óbitos, abandono ou outros fatores –, a magnitude do problema revela uma realidade complexa e preocupante para a infância paraibana. A perda de um dos progenitores, e consequentemente a desestruturação familiar, pode gerar impactos significativos no desenvolvimento psicossocial da criança ou do adolescente, influenciando sua educação, saúde e bem-estar geral.
A pesquisa do Tribunal de Justiça também destaca a complexidade do processo de adoção no estado. Embora o número de crianças que necessitam de um lar seja expressivo, o processo burocrático e a demanda por famílias aptas a acolher essas crianças ainda representam um desafio. O estudo não apresenta números específicos sobre a taxa de sucesso das adoções, mas a própria existência de milhares de órfãos anualmente indica a necessidade de otimização do sistema de acolhimento e adoção, incluindo a agilização dos processos legais e a ampliação de campanhas de conscientização sobre a importância da adoção.
A problemática da órfandade na Paraíba exige atenção de todos os setores da sociedade. As autoridades precisam investir em políticas públicas eficazes para prevenir a perda dos pais, proteger as crianças em situação de vulnerabilidade e garantir que o processo de adoção seja ágil e eficiente. Além disso, ações de conscientização e apoio às famílias são fundamentais para o bem-estar dessas crianças e adolescentes, assegurando-lhes um futuro digno e promissor. A pesquisa do TJPB serve como um alerta importante para a necessidade de ações imediatas e integradas para enfrentar essa realidade.