Caso Sophia: júri de mãe e padrasto pela morte da menina de 2 anos começa nesta quarta-feira (4)
Julgamento de mãe e padrasto de Sophia, menina de 2 anos morta em MS, começa nesta quarta-feira
Campo Grande (MS) – Nesta quarta-feira, 4 de dezembro de 2024, tem início o julgamento de Daiane de Souza e Alexsandro de Oliveira, mãe e padrasto de Sophia de Souza, de apenas 2 anos, morta em outubro de 2022. O caso, que chocou Mato Grosso do Sul, promete reviver detalhes cruéis da investigação que culminou na acusação do casal por homicídio qualificado e tortura. A expectativa é grande, tanto por parte da justiça quanto da população, que acompanha o caso com profundo pesar e indignação desde o início.
O Ministério Público do Estado (MPE-MS) acusa a mãe e o padrasto de terem submetido a criança a espancamentos que resultaram em sua morte. O laudo pericial apontou diversas lesões, compatíveis com agressões físicas, no corpo de Sophia. Segundo as investigações, a menina sofreu maus-tratos por um período prolongado, com sinais de violência física e psicológica. A denúncia detalha a crueldade dos atos, descrevendo as agressões sofridas pela criança e o sofrimento que antecedeu seu falecimento.
Durante a fase investigativa, Daiane e Alexsandro apresentaram versões divergentes sobre as causas das lesões encontradas em Sophia. Entretanto, o acúmulo de provas, incluindo depoimentos de testemunhas e laudos periciais, fortaleceu as acusações contra o casal. O MPE-MS busca a condenação de ambos pelos crimes de homicídio qualificado e tortura, crimes considerados graves e que podem resultar em penas severas.
A expectativa é de que o julgamento se estenda por alguns dias, com a apresentação de provas e depoimentos de testemunhas de acusação e defesa. A defesa dos acusados já adiantou que irá apresentar argumentos para refutar as acusações e buscar a absolvição ou a redução das penas. A audiência ocorre no Fórum de Campo Grande e deverá contar com forte presença policial para garantir a ordem e segurança durante o processo.
O caso Sophia, além de gerar comoção na sociedade sul-mato-grossense, reacendeu o debate sobre a proteção de crianças e adolescentes contra a violência doméstica. A sentença proferida pelo Tribunal do Júri terá grande impacto na comunidade, servindo como um exemplo da luta contra a impunidade e a busca pela justiça para vítimas de crimes tão cruéis. A população aguarda ansiosamente pelo desfecho deste julgamento e espera que a justiça seja feita.