Caso Géssica: relembre os desdobramentos um ano após enfermeira ser morta em ação policial no AC



Um ano após a morte de Gessica Sales: Justiça lenta e impunidade em foco no Acre

Rio Branco, AC – 02/12/2024 – Há um ano, a enfermeira Gessica Sales da Silva, de 29 anos, era morta a tiros durante uma operação policial em Rio Branco, Acre. O caso, que chocou o estado e gerou protestos, continua a gerar debates sobre a violência policial e a lentidão da justiça brasileira. Um ano depois, as famílias das vítimas e a sociedade acriana ainda aguardam respostas e responsabilização pelos acontecimentos daquela noite trágica de dezembro de 2023.

A operação, que visava cumprir mandados de busca e apreensão, resultou na morte de Gessica, atingida por disparos efetuados por policiais militares. Testemunhas relataram à época que ela estava em casa e que não houve resistência por parte dos moradores. A versão oficial da Polícia Militar do Acre (PM-AC), no entanto, alegou confronto. Os detalhes da ação, entretanto, permanecem controversos, alimentando as divergências entre as versões apresentadas.

Após o incidente, a perícia constatou que a jovem foi atingida por quatro disparos, e os laudos indicaram que ela não portava arma de fogo. O Ministério Público do Acre (MP-AC) instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias da morte. O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) também acompanha o caso.

Apesar da gravidade dos fatos e da mobilização social que exigiu justiça para Gessica, o processo legal enfrenta obstáculos. A investigação está em andamento, mas o ritmo lento preocupa as famílias e a população acreana. A demora na conclusão do inquérito e a falta de punição aos envolvidos contribuem para o sentimento de impunidade que se instalou.

Em meio a esse cenário de incertezas, a luta pela justiça continua. Familiares e amigos de Gessica Sales se mantêm firmes na busca por respostas e responsabilização dos agentes envolvidos na operação que culminou com a sua morte. O caso expõe, mais uma vez, a vulnerabilidade de civis frente à ação policial e a necessidade urgente de reformas que garantam maior transparência e responsabilização das forças de segurança. A ausência de resultados concretos um ano após o crime deixa uma marca de profunda tristeza e questionamentos sobre a eficácia do sistema de justiça no Acre.

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