Caso Genivaldo: ex-agentes da PRF acusados de homicídio e tortura vão a júri popular nesta terça-feira; saiba como será



Aracaju, 26 de novembro de 2024 – Nesta terça-feira, o júri popular irá julgar os três ex-agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) acusados da morte de Genivaldo de Jesus Santos. O caso, que chocou o país em 2021, envolve acusações de homicídio qualificado e tortura. A sessão, que começa às 9h, no Fórum Gumersindo Bessa, em Aracaju, deve reunir grande expectativa da população e da imprensa.

Os réus, os ex-policiais rodoviários federais William de Barros Noia, Kleber Ribeiro Nascimento e Paulo Rodrigo de Oliveira, respondem pela morte de Genivaldo, que morreu asfixiado dentro de uma viatura da PRF após ser imobilizado pelos agentes com gás lacrimogêneo. As imagens do ocorrido, divulgadas posteriormente, geraram indignação nacional e mobilizaram movimentos sociais que clamam por justiça. A defesa dos acusados sustenta que os agentes agiram em legítima defesa e no cumprimento do dever, enquanto a acusação busca demonstrar que houve excesso e crueldade na ação policial.

O Ministério Público de Sergipe (MP-SE) denunciou os três acusados por homicídio qualificado por motivo torpe, emprego de meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima, além de tortura. A expectativa é de que o julgamento seja longo, com a apresentação de diversas provas e depoimentos, incluindo testemunhas de acusação e defesa. A promotoria, comandada por Gabriela Cunha e Emanuela Barreto, pretende demonstrar a gravidade das ações dos ex-policiais, ressaltando a brutalidade da violência empregada contra Genivaldo.

O caso ganhou repercussão nacional e internacional, expondo questões cruciais sobre o uso da força policial e o racismo estrutural. A família de Genivaldo espera que o júri popular reconheça a gravidade dos crimes cometidos e que os responsáveis sejam punidos exemplarmente. O julgamento será presidido pelo juiz Osvaldo de Jesus. A sentença, com base no veredicto do júri, deverá ser proferida após a conclusão dos trabalhos. A cobertura completa do julgamento será disponibilizada ao longo do dia.

A conclusão do julgamento representa um momento crucial para a busca por justiça pela morte de Genivaldo de Jesus Santos, um caso que marcou profundamente a sociedade brasileira e reacendeu o debate sobre violência policial e direitos humanos. A expectativa é de que o processo judicial traga algum tipo de alívio para a família e amigos da vítima, e sirva como um precedente para futuras investigações e ações contra a violência policial.

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