Caso Genivaldo: 8º dia de julgamento ouve testemunhas de defesa dos ex-policiais
Aracaju, Sergipe – 03 de dezembro de 2024 – O oitavo dia do julgamento dos policiais militares acusados da morte de Genivaldo de Jesus Santos, ocorrida em 25 de maio de 2021, foi marcado pelas alegações finais da defesa. Os advogados dos três réus – os policiais William de Barros Noia, Mario Francisco dos Santos e Paulo Robson Conceição de Oliveira – apresentaram seus argumentos finais à Justiça, após a acusação ter finalizado sua apresentação na segunda-feira. A expectativa agora é pela sentença, que ainda não tem data definida.
O julgamento, que teve início em 27 de novembro, prossegue no Fórum Gumersindo Bessa, em Aracaju. Durante os oito dias, foram ouvidas testemunhas de acusação e defesa, incluindo policiais militares e testemunhas que presenciaram os fatos. O Ministério Público de Sergipe (MPSE) acusa os três policiais de homicídio qualificado por motivo torpe, racismo e abuso de autoridade. A acusação sustenta que Genivaldo foi morto por asfixia dentro de uma viatura da Polícia Militar, após ser abordado e colocado dentro do veículo com uma espécie de gás lacrimogêneo.
A defesa, por sua vez, manteve a tese de que os policiais agiram em legítima defesa e que a morte de Genivaldo foi resultado de um acidente. A estratégia da defesa se baseou em questionar a versão dos fatos apresentada pela acusação e em apontar contradições nos depoimentos das testemunhas. O clima durante as alegações finais foi tenso, com momentos de muita emoção por parte dos familiares de Genivaldo, presentes no tribunal.
O caso Genivaldo de Jesus gerou grande comoção nacional e internacional, com protestos e manifestações cobrando justiça. As imagens da abordagem policial, que circularam amplamente nas redes sociais, mostraram Genivaldo imobilizado e gritando por ajuda dentro da viatura policial, antes de falecer. A família de Genivaldo espera que a Justiça seja feita e que os responsáveis pela morte de Genivaldo sejam punidos de acordo com a lei. A expectativa agora é de que a sentença seja proferida o mais breve possível, pondo fim a um longo e doloroso processo para os familiares e para a sociedade. A data da sentença ainda não foi divulgada pelo Tribunal de Justiça de Sergipe.