Caso de estampa de roupa repudiada por exibir ilustração com a frase ‘Não se contamine!’ é denunciado ao MPRJ
Estampa de roupa com frase “Não se contamine” gera repúdio e denúncia ao MPRJ
Petrópolis, RJ – 02 de dezembro de 2024 – Uma estampa de roupa que utiliza a frase “Não se contamine” em meio a uma ilustração que remete à pandemia de Covid-19 gerou revolta e foi denunciada ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). A peça, vendida em uma loja online, foi considerada ofensiva e minimizadora do sofrimento causado pela pandemia, que deixou marcas profundas na sociedade.
A denúncia, protocolada nesta segunda-feira (2 de dezembro), aponta para a potencial violação dos direitos da população, especialmente daqueles que perderam entes queridos ou enfrentaram sequelas da doença. A imagem da estampa, que circula nas redes sociais, mostra um desenho estilizado com a frase polêmica, causando indignação em diversas pessoas que veem nela uma trivialização da tragédia.
Segundo o denunciante, a frase em questão demonstra uma falta de sensibilidade e respeito com as vítimas da pandemia. A utilização da ilustração, que remete à temática da Covid-19, agrava a situação, na visão do denunciante, ao associar o contexto trágico a um produto comercial. O denunciante questiona a ética da empresa responsável pela comercialização da peça, alegando que a estampa demonstra insensibilidade e falta de empatia com aqueles que sofreram com a pandemia.
O MPRJ ainda não se manifestou oficialmente sobre a denúncia. No entanto, a repercussão negativa da estampa nas redes sociais demonstra a gravidade da situação. A polêmica destaca a importância da responsabilidade social das empresas, principalmente no que diz respeito à criação e comercialização de produtos que se utilizam de temas sensíveis. A situação evidencia a necessidade de uma maior reflexão sobre a utilização de temas delicados em campanhas publicitárias e produtos comerciais, evitando a trivialização de eventos que causaram imenso sofrimento e luto para muitas famílias.
A expectativa é que o MPRJ investigue a denúncia e tome as medidas cabíveis, buscando reparar os danos causados e prevenir novos casos de insensibilidade e falta de respeito às vítimas da pandemia. O caso, certamente, irá impulsionar o debate sobre os limites da liberdade de expressão e a responsabilidade social das empresas no Brasil.