Casa pendurada, carcaças de animais, sofá na árvore: Mariante convive com cenário apocalíptico 7 meses após enchente no RS



– Sete meses após a enchente que devastou diversas cidades gaúchas, a realidade para muitos moradores ainda é de luta pela reconstrução. Em Mariana, no Rio Grande do Sul, a situação de Maria de Lurdes da Silva é um exemplo dramático dessa persistência da tragédia. Sua casa, pendurada precariamente, reflete o cenário apocalíptico que a cerca. Carcaças de animais, um sofá apodrecendo em cima de uma árvore: essas são apenas algumas das imagens que marcam a paisagem ao redor de sua residência, um retrato da devastação que permanece.

A enchente, ocorrida em maio, atingiu com força a região, deixando marcas profundas na vida de Maria de Lurdes e de seus vizinhos. A força da água arrastou móveis, objetos pessoais e até mesmo parte da estrutura de sua casa, que agora pende sobre o terreno instável. Apesar do tempo passado, a reconstrução ainda não começou, e a moradora convive diariamente com os escombros e a ameaça constante de novos deslizamentos. A situação é agravada pela presença de carcaças de animais, que se espalham pela área, exalando odor forte e representando um foco de insalubridade. O sofá, engolido pela natureza, descansa sobre uma árvore próxima, símbolo da fúria da água e da lentidão da recuperação.

A falta de auxílio efetivo do poder público é apontada por Maria de Lurdes como um dos principais obstáculos para a reconstrução. A sensação de abandono e desamparo é evidente em seu relato, que retrata a dificuldade de lidar com a situação sozinha. A moradora busca, sem sucesso, apoio para remover os destroços e reconstruir sua casa, preservando sua dignidade e a sua segurança.

A história de Maria de Lurdes e a imagem da sua casa pendurada, rodeada por escombros, serve como um alerta sobre a necessidade de ações mais efetivas e rápidas para auxiliar as vítimas das enchentes. A lentidão na reconstrução e a falta de suporte para as famílias afetadas tornam a recuperação ainda mais penosa, prolongando a dor e o sofrimento de quem viu suas vidas transformadas pela força da natureza. Sete meses depois, a cicatriz da tragédia segue aberta, demandando ações urgentes e um olhar mais atento das autoridades para as famílias que lutam pela reconstrução de suas vidas e de suas casas.

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