Carne mais cara: entenda por que o preço subiu pelo terceiro mês consecutivo



Brasília, 10 de dezembro de 2024 – O preço da carne bovina continua subindo e já acumula três meses consecutivos de alta, impactando diretamente o bolso do consumidor brasileiro. De acordo com dados recentes, o aumento registrado em novembro foi de 1,27%, seguindo a tendência de crescimento observada em outubro (1,22%) e setembro (1,15%). Esse cenário preocupa especialistas e consumidores, que buscam entender os motivos por trás dessa escalada de preços.

Diversos fatores contribuem para esse aumento contínuo. A redução da oferta de animais para abate, consequência de um ciclo de produção mais longo, é um dos principais vilões. A seca prolongada em algumas regiões do país também impacta a produção, afetando o desenvolvimento dos animais e aumentando os custos de alimentação. Outro fator relevante é o aumento dos custos de produção, englobando itens como energia, transporte e insumos agrícolas. A Pesquisa de Custos de Produção e Preços da Pecuária, realizada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), corrobora esses dados, indicando uma pressão generalizada sobre os preços.

A alta afeta diferentes cortes de carne bovina, impactando o consumo das famílias brasileiras, especialmente as de baixa renda. O aumento gradual, embora aparentemente pequeno em cada mês, acumula-se significativamente ao longo do tempo, tornando a carne um produto cada vez mais inacessível para uma parcela significativa da população.

Ainda não há previsões claras sobre quando essa tendência de alta poderá ser revertida. Especialistas acompanham de perto a evolução dos fatores que influenciam a produção e os preços da carne bovina, buscando identificar possíveis mudanças de cenário. O monitoramento da situação climática, a análise da oferta de animais e a evolução dos custos de produção são cruciais para compreender o futuro do mercado e seu impacto no consumidor. Enquanto isso, a carne permanece como um dos produtos que mais impactam a inflação alimentar, pressionando o orçamento doméstico de milhões de brasileiros.

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