Cargueiros voltam a atracar em Manaus após quase 70 dias de seca severa

Manaus, 26 de novembro de 2024 – Após quase 70 dias de seca severa que afetou drasticamente a navegação no rio Negro, os cargueiros voltaram a atracar no Porto de Manaus. A retomada das atividades representa um alívio para a economia amazonense, fortemente dependente do transporte fluvial. A situação crítica, que perdurou desde o início de outubro, havia paralisado o fluxo de mercadorias e impactado diversos setores.

A estiagem intensa reduziu o nível do rio Negro em até 3,8 metros abaixo do normal para o período, de acordo com dados da Marinha do Brasil. Essa diminuição drástica na profundidade do rio impossibilitou a navegação de grandes embarcações, gerando prejuízos significativos para comerciantes e empresas que dependiam do transporte hidroviário. A situação chegou a interromper o abastecimento de alguns produtos em determinadas áreas.

A volta dos cargueiros ao Porto de Manaus se deve, segundo a reportagem, a uma leve melhora nas condições climáticas, com o aumento no volume de chuvas nos últimos dias. Embora a recuperação ainda não seja completa, o nível do rio Negro subiu o suficiente para permitir a navegação de navios de maior porte, restabelecendo, pelo menos parcialmente, o fluxo de mercadorias. A Autoridade Portuária de Manaus acompanha de perto a situação, monitorando constantemente o nível do rio e a previsão do tempo para garantir a segurança da navegação.

Apesar da retomada das operações, a situação ainda inspira cautela. A recuperação total do nível do rio e o retorno à normalidade das atividades portuárias ainda dependem da continuidade das chuvas. As autoridades e os setores envolvidos permanecem vigilantes, avaliando os impactos da seca e os esforços necessários para minimizar os prejuízos a longo prazo. A plena recuperação da economia local está intrinsecamente ligada à estabilidade das condições hídricas da região. A longo prazo, são esperadas análises sobre o impacto econômico total desta estiagem prolongada no estado do Amazonas.