Candidatos presidenciais do Equador debatem com foco no combate à criminalidade
Equatorianos debatem segurança em acalorado embate presidencial
Quito, 11 de agosto de 2023 – A criminalidade violenta tomou conta do debate presidencial equatoriano realizado nesta quinta-feira (10). Os oito candidatos à presidência se enfrentaram em um acalorado embate, com foco principal nas estratégias para combater a onda de assassinatos e roubos que assola o país. A discussão, transmitida ao vivo, refletiu a crescente preocupação da população com a insegurança, que se tornou um dos temas centrais da campanha eleitoral.
O candidato Jan Topic, conhecido por sua postura linha-dura, defendeu a militarização das ruas e uma maior repressão policial. Ele aproveitou a oportunidade para criticar as políticas de segurança do atual governo, atribuindo-lhes a responsabilidade pela escalada da violência. Já Luisa González, candidata do correísmo, prometeu fortalecer a polícia e investir em programas sociais para prevenir a criminalidade, mas sem abrir mão de uma abordagem firme contra o crime organizado.
Outros candidatos, como Yaku Pérez e Xavier Hervas, apresentaram propostas mais focadas na prevenção e na reabilitação de criminosos, argumentando pela necessidade de abordar as causas raízes da violência, como pobreza e desigualdade. Apesar das divergências em relação às estratégias, todos os candidatos reconheceram a gravidade da situação e a necessidade de ações urgentes para frear a violência. A discussão, marcada por momentos de tensão e troca de acusações, evidenciou a polarização do debate em torno da questão da segurança.
Um dos pontos mais debatidos foi a proposta de Jan Topic de “militarizar as ruas”, gerando reações diversas entre os candidatos. Enquanto alguns a criticaram abertamente, outros se mostraram mais cautelosos, argumentando que a solução para o problema da insegurança não se limita à repressão policial. A falta de consenso sobre o papel das Forças Armadas na luta contra a criminalidade foi um dos pontos de maior discordância entre os candidatos.
A violência no Equador atingiu níveis alarmantes nos últimos anos, com um aumento significativo no número de homicídios. Dados apresentados durante o debate indicaram uma taxa de 26 homicídios por 100 mil habitantes, um número preocupante que demonstra a urgência de se encontrar soluções eficazes para o problema. O debate deixou clara a importância da segurança pública como tema central da campanha presidencial, e a necessidade de os candidatos apresentarem propostas concretas e viáveis para garantir a paz e a segurança da população equatoriana. A expectativa agora é que a população analise cuidadosamente as propostas apresentadas e escolha o candidato que melhor represente seus anseios por um país mais seguro.