Canal do Panamá ‘não é uma concessão nem um presente’ dos EUA, diz presidente panamenho após novas ameaças de Trump



Cidade do Panamá, 22 jan. 2025 – O presidente do Panamá, Laurentino Cortizo, refutou nesta terça-feira as alegações de que o Canal do Panamá seja uma concessão ou um presente dos Estados Unidos. Em entrevista coletiva, Cortizo enfatizou a soberania panamenha sobre o canal e sua importância para a economia nacional. Suas declarações surgem em meio a discussões sobre a renovação da concessão para operação do canal e especulações sobre a influência americana na gestão da via navegável.

Cortizo destacou que o Canal do Panamá é um ativo estratégico do país, construído com recursos panamenhos e fruto do trabalho e sacrifícios do povo panamenho. Ele lembrou que a administração do canal foi transferida para o Panamá em 31 de dezembro de 1999, marcando um momento histórico de soberania nacional. O presidente ressaltou que a operação do canal é gerida pela Autoridade do Canal do Panamá (ACP), uma entidade estatal panamenha, e não por empresas ou entidades estrangeiras. “O Canal do Panamá não é uma concessão, nem um presente dos Estados Unidos. É um patrimônio do Panamá, construído pelo povo panamenho e administrado por panamenhos”, afirmou o presidente.

A declaração de Cortizo busca esclarecer mal-entendidos sobre a relação entre o Panamá e os EUA em relação ao canal, um assunto sensível na história bilateral. O presidente reiterou o compromisso do governo panamenho em manter a neutralidade e a soberania sobre o canal, garantindo a sua operação eficiente e segura para o benefício de todos os usuários. Ele também enfatizou a importância do canal para a economia global e para o desenvolvimento econômico do Panamá, representando cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

A entrevista do presidente Cortizo ocorre num momento crucial para o futuro do Canal do Panamá. As discussões sobre a renovação da concessão e as preocupações sobre a influência externa na sua gestão reforçam a necessidade de reafirmar a soberania panamenha sobre este importante ativo nacional. A declaração firme do presidente busca consolidar a narrativa de um canal panamenho, gerido pelos panamenhos, para os panamenhos, e para o benefício da comunidade internacional.

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