Câmara aprova, em 1ª votação, texto que adia em 30 anos prazo para frota de ônibus de SP ser 100% elétrica



São Paulo, 9 de dezembro de 2024 – A Câmara Municipal de São Paulo aprovou, em primeira votação, um projeto de lei que adia em 30 anos o prazo para a frota de ônibus da cidade ser 100% elétrica. A proposta, que altera a Lei 17.292/2022, prevê agora que a meta seja alcançada em 2054, e não em 2024, como estava previsto inicialmente. A votação ocorreu nesta segunda-feira, e a decisão gerou debates acalorados entre vereadores e defensores da mobilidade sustentável.

O projeto de lei, de autoria do vereador X (o nome do vereador não está explícito na matéria), argumenta que a tecnologia para a eletrificação da frota ainda não está totalmente desenvolvida e que a mudança brusca poderia acarretar em problemas para o sistema de transporte público da capital paulista. O texto também destaca os altos custos de investimento necessários para a transição, além de possíveis dificuldades na infraestrutura de recarga dos veículos elétricos.

Durante a discussão, vereadores contrários à proposta argumentaram que o adiamento compromete os esforços da cidade para reduzir a emissão de gases poluentes e combater as mudanças climáticas. Ressaltaram a importância de São Paulo se manter na linha de frente das cidades que buscam soluções de mobilidade sustentável e que o adiamento de três décadas prejudica gravemente esse objetivo. A discussão envolveu diversos pontos de vista, com alguns vereadores defendendo um prazo intermediário, mas o projeto original foi aprovado em primeira votação.

Apesar da aprovação em primeira votação, o projeto ainda precisa passar por outras etapas no processo legislativo. Ele ainda será analisado pelas comissões da Câmara e precisará ser votado em segundo e terceiro turnos antes de seguir para a sanção do prefeito. A expectativa é de que o processo se estenda por algumas semanas. O adiamento gerou grande polêmica e promete continuar a gerar debates na cidade nas próximas semanas, especialmente entre ativistas e especialistas em mobilidade urbana. O impacto desta decisão a longo prazo na qualidade do ar e na sustentabilidade do transporte público em São Paulo ainda é tema de discussão entre especialistas e a população.

A aprovação do projeto representa uma reviravolta significativa na política de mobilidade sustentável da cidade e levanta questionamentos sobre os compromissos ambientais da administração municipal. O desdobramento deste processo será acompanhado de perto por ambientalistas, especialistas e pela população paulistana.

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