Cacique de Ramos vira patrimônio imaterial do Estado do RJ
Cacique de Ramos entra para o Patrimônio Imaterial do Rio de Janeiro
– A tradição e a cultura do Cacique de Ramos, um dos símbolos do carnaval carioca, ganharam um novo reconhecimento nesta quarta-feira (07/11). O Conselho Estadual de Política Cultural do Rio de Janeiro aprovou a inscrição do bloco como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado. A decisão, que foi unânime, reconhece a importância histórica e artística do bloco para o estado, consolidando seu legado e garantindo sua preservação para as futuras gerações.
O Cacique de Ramos, fundado em 1954 por um grupo de amigos, nasceu no bairro da Penha, Zona Norte do Rio, e se tornou um dos blocos de rua mais populares da cidade. A cada ano, milhares de foliões se juntam às ruas para celebrar a cultura afro-brasileira, com suas tradicionais fantasias, instrumentos musicais e o ritmo contagiante do samba.
“A gente sempre teve essa luta para sermos reconhecidos, e agora, enfim, conseguimos”, comemorou, em entrevista ao G1, o atual presidente do Cacique de Ramos, Cláudio Bezerra, conhecido como “Cacique”. O bloco já havia sido reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do município do Rio de Janeiro em 2017, mas a inscrição estadual amplia ainda mais o reconhecimento da tradição e fortalece sua proteção.
A inscrição como Patrimônio Imaterial do Estado garante a preservação da história e das práticas culturais do bloco. O Conselho Estadual de Política Cultural se responsabilizará por ações de pesquisa, documentação, divulgação e promoção da tradição do Cacique de Ramos.
“Essa conquista é fruto de muito trabalho, dedicação e amor pelo Cacique de Ramos”, disse Bezerra, “É um reconhecimento que nos enche de orgulho e nos impulsiona a continuar lutando pela preservação da nossa cultura e tradição”.
A aprovação da inscrição do Cacique de Ramos como Patrimônio Imaterial do Estado do Rio de Janeiro é uma vitória para a cultura carioca e um marco para a preservação da tradição e da história do bloco. A decisão consolida o legado do Cacique de Ramos e garante que suas cores, ritmos e história continuem a ecoar nas ruas do Rio de Janeiro por muitos anos.