Buscas submersas por desaparecidos após queda de ponte entre o MA e TO são interrompidas durante abertura das comportas da Usina de Estreito
Buscas por vítimas de queda de ponte no MA são interrompidas por abertura de comportas de usina
– As buscas submersas por vítimas do desabamento de uma ponte entre o Maranhão e o Tocantins foram interrompidas na tarde desta quarta-feira (02/01) devido à abertura das comportas da Usina Hidrelétrica de Estreito. A decisão, tomada pela Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco), interrompeu os trabalhos de mergulhadores que procuravam por desaparecidos após o colapso da estrutura na segunda-feira (30/12). Até o momento, o número de desaparecidos permanece incerto, com informações preliminares apontando para a possibilidade de mais de dez pessoas terem sido afetadas pelo acidente.
A forte correnteza gerada pela abertura das comportas tornou as buscas submersas extremamente perigosas e inviáveis, segundo informações do Corpo de Bombeiros do Maranhão, que coordena as operações de resgate. Os trabalhos foram suspensos por tempo indeterminado, aguardando uma melhora das condições do rio Tocantins. A decisão da Chesf de abrir as comportas foi justificada pela necessidade de controlar o nível do rio, uma medida de segurança que, infelizmente, prejudicou as buscas por sobreviventes.
O desabamento da ponte, ocorrido na segunda-feira, causou um grande impacto na região, interrompendo o tráfego entre os estados do Maranhão e do Tocantins. Além das equipes de mergulho, bombeiros, policiais e voluntários trabalham na região afetada, realizando buscas terrestres e prestando assistência à população. A Defesa Civil estadual também está mobilizada, oferecendo suporte às famílias dos desaparecidos e aos desabrigados.
As buscas devem ser retomadas assim que as condições permitirem, porém, ainda não há previsão para o retorno das operações submersas. A incerteza sobre o número exato de desaparecidos e a interrupção das buscas geram grande apreensão na população local. Equipes técnicas investigam as causas do desabamento da ponte, a fim de apurar responsabilidades e evitar novas tragédias. A investigação também deve auxiliar na compreensão da extensão dos danos e no planejamento das ações de reconstrução da infraestrutura afetada. A Chesf ainda não se pronunciou oficialmente sobre o impacto da abertura das comportas nas buscas.
A tragédia destaca a fragilidade da infraestrutura em algumas regiões e a necessidade de ações preventivas para garantir a segurança da população. Acompanharemos os desdobramentos da situação e informaremos assim que novas informações forem disponibilizadas pelas autoridades.