Brasil tem 1,5 milhão de pessoas vivendo em casas de taipa sem revestimento ou madeira reaproveitada, aponta IBGE



Brasília, 12 de dezembro de 2024 – Os dados recém-divulgados do Censo 2024 revelam uma realidade preocupante: 1,8% da população brasileira, cerca de 3,7 milhões de pessoas, residem em habitações consideradas precárias, construídas com taipa, sem revestimento interno ou externo e sem o uso de madeira reaproveitada. O número, apesar de representar uma pequena parcela do total, expõe a desigualdade persistente no acesso à moradia digna no país.

A pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) detalha as características dessas moradias rudimentares, destacando a fragilidade estrutural e a falta de conforto básico. A utilização de taipa, material tradicionalmente associado a construções antigas e de menor resistência, indica vulnerabilidade a intempéries e riscos de segurança. A ausência de revestimento, tanto interno quanto externo, contribui para o desconforto térmico e a exposição a agentes externos. A não utilização de madeira reaproveitada, por sua vez, aponta para a escassez de recursos e a dificuldade de acesso a materiais de construção mesmo que de baixo custo.

A distribuição geográfica dessas habitações precárias não foi detalhada no relatório inicial do IBGE, mas a própria existência desse contingente populacional em condições habitacionais tão adversas acende um alerta para a necessidade de políticas públicas mais eficazes na área de habitação. A pesquisa demonstra que o desafio de erradicar a moradia inadequada no Brasil ainda está longe de ser superado, exigindo investimentos contínuos e ações direcionadas às populações mais vulneráveis.

A ausência de informações mais detalhadas sobre a localização dessas moradias e o perfil socioeconômico dos moradores limita uma análise mais completa do problema. No entanto, o dado de 1,8% da população brasileira vivendo em casas de taipa, sem revestimento ou madeira reaproveitada, serve como um retrato contundente da persistência de desigualdades sociais no país e reforça a urgência de políticas públicas que promovam o acesso à moradia digna para todos os brasileiros. A expectativa é que estudos complementares do IBGE aprofundem a análise desses dados, fornecendo informações mais precisas para o planejamento de ações efetivas de combate à precariedade habitacional.

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