Brasil registra aumento ‘alarmante’ de desastres climáticos, segundo estudo da Unifesp
Brasília, 28 de dezembro de 2024 – O Brasil experimentou um aumento significativo e preocupante em eventos climáticos extremos nos últimos anos, segundo um novo estudo divulgado hoje. A pesquisa, que analisou dados de desastres entre 2020 e 2023, revela um crescimento alarmante de 61% no número total desses eventos em comparação com o período de 2010 a 2019. O impacto dessa tendência ascendente já é visível em diversas regiões do país, com consequências devastadoras para a população e o meio ambiente.
O estudo, ainda sem divulgação da instituição responsável, detalha um quadro preocupante: chuvas intensas e inundações lideram o ranking dos eventos mais frequentes, representando 60% dos desastres registrados. Em segundo lugar, com 27% dos casos, estão as tempestades e vendavais, demonstrando a crescente vulnerabilidade do país a eventos meteorológicos severos. Secas e estiagens, embora representando apenas 13% do total, também contribuem para o cenário de instabilidade climática, impactando significativamente a agricultura e os recursos hídricos.
A pesquisa destaca que as regiões Norte e Nordeste foram as mais afetadas por esses eventos extremos, sofrendo os impactos de chuvas torrenciais e inundações. A concentração de desastres nessas áreas aponta para a necessidade de investimentos urgentes em infraestrutura de prevenção e mitigação de riscos. Além disso, a vulnerabilidade socioeconômica dessas regiões agrava o impacto dos desastres, comprometendo ainda mais a vida das populações afetadas.
Embora o estudo não apresente dados sobre o número de vítimas ou prejuízos econômicos diretos causados pelos desastres climáticos, a magnitude do aumento percentual já indica um cenário de alta gravidade. A tendência crescente de eventos extremos exige, segundo especialistas, ações imediatas e eficazes por parte dos governos e da sociedade como um todo, para minimizar os riscos e se preparar para as consequências da mudança climática.
Em conclusão, o aumento de 61% nos desastres climáticos registrados no Brasil entre 2020 e 2023 soa como um alerta urgente para a necessidade de investimentos em prevenção, mitigação de riscos e adaptação às mudanças climáticas. A vulnerabilidade de diversas regiões brasileiras, especialmente o Norte e Nordeste, exige uma resposta contundente e coordenada para proteger a população e o meio ambiente dos impactos cada vez mais severos dos eventos extremos. O estudo serve como um chamado à ação, impulsionando a necessidade de políticas públicas robustas e de uma maior conscientização da sociedade sobre a gravidade da situação.