Braga Netto disse que ‘pessoal do agro’ forneceu dinheiro para o plano de matar autoridades, afirma Cid à PF
Brasília, 21 de junho de 2023 – O depoimento prestado pelo senador Cid Gomes (PDT-CE) à Polícia Federal (PF) no dia 20 de junho trouxe novas e graves acusações contra o general Braga Netto. Segundo Cid, o ex-ministro da Defesa teria admitido ter recebido recursos financeiros do setor do agronegócio para financiar um plano com o objetivo de assassinar autoridades. A informação foi revelada pelo próprio senador em sua declaração à PF, no âmbito das investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro.
Cid Gomes detalhou à PF que Braga Netto confessou ter recebido o dinheiro, sem especificar valores ou o número exato de pessoas envolvidas no agronegócio que contribuíram para o suposto plano criminoso. O senador não forneceu mais detalhes sobre a natureza das provas que possui para sustentar sua acusação, limitando-se a afirmar que possui informações contundentes sobre o envolvimento do general. A gravidade da denúncia reside na implicação direta de um ex-ministro de Estado em um esquema de assassinato de autoridades, o que abala significativamente a credibilidade das instituições e demanda uma apuração rigorosa e transparente por parte das autoridades.
A declaração de Cid Gomes à PF configura um acréscimo significativo às investigações em andamento sobre os atos golpistas de 8 de janeiro e abre novas frentes de investigação. As autoridades policiais precisarão agora apurar a veracidade das alegações do senador, buscando provas que corroborem ou refutem seu depoimento. A busca por informações adicionais sobre o suposto plano, incluindo a identificação das pessoas envolvidas no agronegócio e a destinação exata dos recursos financeiros, torna-se crucial para o deslinde do caso.
A repercussão política desta nova denúncia é inegável. A oposição já sinalizou que pretende aprofundar as investigações e pressionar por esclarecimentos. O caso exige uma resposta imediata e eficiente das autoridades competentes, a fim de garantir a justiça e a transparência no processo investigatório. A ausência de uma apuração célere e isenta poderá agravar a crise de confiança nas instituições democráticas e fortalecer narrativas extremistas. A população brasileira aguarda, com expectativa, o desenrolar dos fatos e a responsabilização dos envolvidos, caso as acusações sejam comprovadas.