Braga Netto ‘deixou de ser militar’ e atuou como político em trama golpista, avalia cúpula das Forças



Brasília, 14 de dezembro de 2024 – A avaliação de militares sobre a participação do general Walter Braga Netto em supostos planos golpistas após as eleições de 2022 aponta para uma atuação política, segundo informações obtidas pelo blog do Valdo Cruz, do G1. O teor das investigações internas indica que Braga Netto, então ministro da Defesa do governo Bolsonaro, transcendeu o papel de um militar atuando estritamente em seu cargo oficial, envolvendo-se em ações consideradas de natureza política no contexto do pós-eleitoral.

A investigação interna, cujos detalhes não foram divulgados oficialmente, foca nas ações de Braga Netto e suas interações com outros atores envolvidos nas articulações para questionar os resultados das eleições presidenciais. De acordo com as fontes militares ouvidas pelo blog, as ações do general são vistas como um desvio de sua função institucional, aproximando-se de atividades inerentes à política partidária. Embora a reportagem não especifique o tipo de ações consideradas políticas, a avaliação indica que elas extrapolaram os limites aceitáveis para um militar em exercício de cargo público.

As fontes militares destacaram a gravidade da situação, enfatizando a necessidade de manter a neutralidade das Forças Armadas. A preocupação central gira em torno de preservar a credibilidade e a isenção política das instituições militares brasileiras, evitando qualquer tipo de envolvimento em disputas políticas partidárias. A investigação busca apurar a extensão da participação de Braga Netto nas articulações e identificar outras possíveis implicações.

Embora o texto não forneça detalhes sobre eventuais punições ou consequências para Braga Netto, a avaliação dos militares aponta para uma clara linha divisória entre o que é considerado atuação dentro dos limites de um cargo ministerial e o que se configura como intervenção política. A conclusão preliminar da investigação interna aponta para uma atuação predominantemente política, abrindo caminho para possíveis desdobramentos futuros, a depender da avaliação final do processo. A falta de informações específicas sobre as ações analisadas, no entanto, deixa em aberto a possibilidade de maiores esclarecimentos no futuro, através de investigações complementares ou pronunciamentos oficiais. A reportagem reforça a importância de transparência e apuração completa dos fatos, para garantir a manutenção da confiança na instituição militar.

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