Bolsonaro depõe à CGU em ação que pode cassar aposentadoria de ex-diretor da PRF; relembre as acusações
Bolsonaro Depõe a CGU em Caso Que Pode Cassar Aposentadoria de Ex-Diretor da PRF: Relembre as Acusações
O ex-presidente Jair Bolsonaro prestou depoimento à Controladoria-Geral da União (CGU) nesta terça-feira (29), em Brasília, sobre o caso que pode cassar a aposentadoria do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques. A investigação apura se Vasques cometeu irregularidades durante as eleições de 2022, especialmente em relação à operação de fiscalização nas rodovias no dia do segundo turno.
A CGU abriu o processo administrativo disciplinar contra Vasques em 20 de fevereiro de 2023, após denúncias de que ele teria usado a PRF para beneficiar a campanha de Bolsonaro. Entre as acusações estão a intensificação de operações de fiscalização em estados com maior concentração de eleitores do PT, como Bahia e Minas Gerais, e a omissão em relação à fiscalização em estados que elegeram Bolsonaro, como Rio de Janeiro e São Paulo.
De acordo com a investigação, Vasques teria recebido uma ordem verbal de Bolsonaro para aumentar a fiscalização em estados considerados “chave” para a vitória do ex-presidente nas eleições. O depoimento de Bolsonaro à CGU é crucial para o andamento do processo administrativo disciplinar. A declaração do ex-presidente pode fornecer informações relevantes sobre o papel de Vasques nas operações da PRF durante o segundo turno das eleições.
A CGU também busca esclarecer se houve direcionamento de recursos para a PRF durante o período eleitoral, visando beneficiar Bolsonaro. A investigação apura se houve desvio de finalidade dos recursos públicos e se a PRF atuou de forma parcial durante as eleições.
O depoimento de Bolsonaro foi realizado por videoconferência, com a presença de advogados do ex-presidente. A CGU ainda não divulgou o conteúdo do depoimento.
A investigação da CGU pode culminar na cassação da aposentadoria de Vasques, além de outras sanções administrativas. Caso seja comprovada a prática de irregularidades, a CGU poderá encaminhar o caso ao Ministério Público Federal para que sejam tomadas medidas judiciais.