Bolsonaro afirma que vai processar Haddad por associá-lo à polêmica do Pix
Bolsonaro ameaça processar Haddad por associação a polêmica do Pix
– O ex-presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta sexta-feira que irá processar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por associá-lo à polêmica envolvendo o Pix. A declaração foi feita após Haddad afirmar que o sistema de pagamentos instantâneos, criado durante o governo Bolsonaro, tem sido usado para financiar atos antidemocráticos.
A tensão entre os dois políticos se intensificou após as declarações de Haddad em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. O ministro da Fazenda apontou a utilização do Pix em transações suspeitas relacionadas a manifestações que questionam os resultados das eleições presidenciais de 2022. Ele destacou que o governo está monitorando essas movimentações financeiras e investigando potenciais irregularidades. Não foram apresentados dados quantitativos precisos sobre o volume de transações suspeitas ou o valor total envolvido, apenas a constatação de sua ocorrência.
Bolsonaro, por meio de suas redes sociais, negou qualquer envolvimento com o uso do Pix para financiar atos ilegais. Ele classificou as acusações de Haddad como “calúnias” e prometeu acionar a justiça para reparar os danos à sua imagem. O ex-presidente argumentou que o sistema Pix, criado durante seu mandato, foi um avanço tecnológico que beneficiou milhões de brasileiros, e que atribuir a ele qualquer responsabilidade pelas ações de indivíduos que utilizam a plataforma de forma irregular é injusto e irresponsável.
A declaração de Bolsonaro gerou um novo capítulo na acirrada disputa política entre ele e o atual governo. A promessa de processo judicial adiciona mais um elemento de incerteza a um cenário já marcado por intensas divergências ideológicas e confrontos públicos. Resta aguardar os próximos passos do ex-presidente e a reação do Ministério da Fazenda diante dessa nova investida. A polêmica levanta debates importantes sobre a regulamentação do Pix e a necessidade de mecanismos eficazes de monitoramento para prevenir o uso indevido da plataforma. A ausência de dados quantitativos concretos sobre as transações suspeitas, por parte do ministro Haddad, mantém a discussão aberta para interpretações e contrapontos.