Boletim Focus: primeira edição do ano indica estimativa de inflação a quase 5% em 2025
– O primeiro Boletim Focus do ano, divulgado nesta segunda-feira (2) pelo Banco Central, aponta uma estimativa de inflação de 4,98% para 2025. A projeção representa um aumento em relação às expectativas anteriores e sinaliza uma preocupação persistente com a trajetória dos preços no país, mesmo com a taxa Selic em patamar elevado.
O documento, que reúne as previsões de mais de 100 instituições financeiras, mostra uma revisão para cima na expectativa de inflação para o próximo ano. Embora o percentual de 4,98% esteja abaixo da meta de inflação de 3%, fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), o número demonstra a resistência da inflação em retornar aos níveis desejados pelo governo. Essa resistência está sendo observada apesar da persistente alta na taxa básica de juros, a Selic, que atualmente se encontra em 13,75%.
A pesquisa também indica uma previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 4,75% em 2024, uma revisão ligeiramente inferior à estimativa anterior. Apesar dessa leve queda na projeção para o ano corrente, a manutenção de uma inflação acima da meta para 2025 acende um alerta para as autoridades econômicas. A continuidade das pressões inflacionárias reforça a necessidade de monitoramento constante da evolução dos preços e a adoção de medidas que busquem garantir a estabilidade econômica.
A pesquisa traz ainda uma perspectiva para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, que permanece em 0,8%. Contudo, o foco principal do Boletim Focus desta semana recai sobre as projeções de inflação, consideradas um importante indicador da saúde econômica do país.
Em resumo, o primeiro Boletim Focus de 2024 indica que a inflação, apesar de apresentar uma ligeira melhora para 2024, permanece um desafio para o ano seguinte, com projeções acima da meta oficial. A persistência dessa tendência exige atenção contínua das autoridades e acompanhamento atento dos agentes econômicos. A expectativa de inflação em quase 5% para 2025 demanda novas estratégias e ações para garantir a estabilidade de preços e o controle da inflação no longo prazo.