Boicote de palestinos impulsiona venda de refrigerante local na Cisjordânia



Ramallah, Cisjordânia – 17 de novembro de 2024 – Um boicote crescente a produtos israelenses na Cisjordânia está tendo um efeito inesperado e positivo para a indústria de bebidas locais. A campanha de boicote, impulsionada por protestos contra a ocupação israelense, resultou em um aumento significativo nas vendas de um refrigerante palestino, a “PepsiCo”, com crescimento de 30% em comparação ao mesmo período do ano passado.

A popularidade da bebida palestina vem crescendo em meio ao aumento do nacionalismo e a um apelo cada vez maior por produtos locais em resposta à ocupação. O boicote, que já dura vários meses, tem como alvo empresas israelenses que operam na região, sendo a Coca-Cola uma das mais afetadas. A empresa não divulgou números oficiais, mas relatos de comerciantes e distribuidores indicam uma queda significativa nas vendas.

Segundo comerciantes locais, a campanha de boicote é um sucesso em impulsionar negócios palestinos. “Estamos vendo um aumento notável na procura por nosso refrigerante”, afirma um dono de mercearia em Ramallah, que preferiu não ser identificado. Ele relata que as vendas de PepsiCo aumentaram em cerca de 40% desde o início do boicote. Este aumento nas vendas não se limita a Ramallah; comerciantes de outras cidades da Cisjordânia também relatam resultados similares.

O impacto do boicote não se resume apenas à PepsiCo. Outros produtos locais, como alimentos e artigos de higiene, também têm visto um aumento nas vendas. A situação demonstra a crescente influência do boicote como uma ferramenta de resistência econômica palestina, direcionando o consumo para produtos locais e reforçando a economia palestina.

Apesar do sucesso da campanha, os desafios para a indústria palestina permanecem. A concorrência com empresas israelenses, que possuem maior poder econômico, ainda é significativa. Além disso, a infraestrutura precária em algumas áreas da Cisjordânia dificulta a distribuição e a logística para as empresas locais.

No entanto, o aumento das vendas de PepsiCo, impulsionado pelo boicote, mostra um potencial considerável para o desenvolvimento da economia palestina e a força do ativismo econômico como forma de resistência contra a ocupação. A tendência de consumo demonstra um claro apoio à economia local e um reflexo da crescente conscientização sobre os impactos econômicos da ocupação israelense.

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