Biden retira Cuba da lista de países que apoiam o terrorismo



Washington, 14 jan. 2025 – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta segunda-feira (14) a retirada de Cuba da lista de países que o governo americano considera patrocinadores do terrorismo. A decisão, aguardada por anos por ativistas e diplomatas, marca uma mudança significativa na política externa dos EUA em relação à ilha caribenha. A inclusão de Cuba na lista, ocorrida em 1982 sob a administração Reagan e mantida por sucessivos governos, gerou tensões diplomáticas e prejudicou as relações econômicas entre os dois países.

O anúncio foi feito pela Casa Branca sem maiores detalhes sobre as razões que levaram à decisão, mas é interpretado como um passo para a normalização das relações entre Washington e Havana. A retirada de Cuba da lista negra – que inclui atualmente apenas países como Irã, Coréia do Norte, Síria e Rússia – abre caminho para a retomada de cooperações em áreas diversas, como comércio e intercâmbio cultural. Apesar da decisão, o governo americano mantém suas preocupações com o regime cubano em relação a questões de direitos humanos e liberdade política.

Embora a administração Biden não tenha detalhado o processo que culminou na decisão, especialistas acreditam que a análise de novas informações de inteligência e a mudança de perspectiva na política externa americana em relação à América Latina tenham influenciado a decisão. A retirada de Cuba da lista, porém, não significa o fim das sanções econômicas impostas à ilha, as quais permanecem em vigor e são alvo de debate.

A decisão é vista como um gesto positivo para a reaproximação entre os dois países, mas sua influência a longo prazo ainda é incerta. Resta saber quais serão os próximos passos do governo americano para fortalecer o diálogo e a cooperação com Cuba, bem como como o governo cubano responderá à retirada de sua nação da lista de países que apoiam o terrorismo. Para alguns, a medida é apenas um primeiro passo em um processo longo e complexo de normalização de relações, enquanto outros a veem como um sinal significativo de mudança na política externa dos EUA.

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