Biden autoriza Ucrânia a usar mísseis americanos de longo alcance contra a Rússia, diz jornal
Nova York, 17 de novembro de 2024 – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, autorizou a Ucrânia a usar mísseis de longo alcance contra alvos dentro do território russo, segundo reportagem publicada neste sábado pelo jornal americano The New York Times. A decisão, de enorme significado geopolítico, representa uma escalada significativa no conflito entre Rússia e Ucrânia, abrindo a possibilidade de ataques ucranianos a áreas profundas dentro do território russo, até então fora do alcance das armas ucranianas.
A reportagem do NYT, que cita funcionários americanos anônimos, não especifica o tipo de mísseis envolvidos, nem o número de mísseis autorizados para uso, tampouco detalha os alvos específicos que podem ser atingidos. A informação, no entanto, destaca que a decisão de Biden foi tomada após extensas discussões internas na administração americana, ponderando os riscos e benefícios de tal medida. A Casa Branca, até o momento, não confirmou nem negou a veracidade da reportagem.
A autorização, segundo o jornal, é condicionada a certas garantias. Os funcionários ouvidos pelo NYT afirmaram que a Ucrânia recebeu garantias de que os EUA iriam monitorar o uso dos mísseis para garantir que eles fossem empregados apenas contra alvos militares significativos e que não ameaçassem a população civil russa. A intenção, segundo as fontes, é evitar uma escalada ainda maior do conflito e minimizar o risco de uma resposta militar russa mais contundente.
Essa decisão americana surge em meio a um contexto de intensa tensão no conflito. A guerra na Ucrânia já dura mais de 20 meses, resultando em milhares de mortes e deslocamentos de populações em grande escala. A autorização para o uso de mísseis de longo alcance pode representar uma mudança significativa no curso da guerra, alterando o balanço de poder militar no conflito e elevando as apostas para ambas as partes.
A comunidade internacional observará atentamente os próximos desenvolvimentos, aguardando a reação tanto da Rússia quanto da própria Ucrânia, bem como possíveis consequências para o cenário geopolítico global. A ausência de uma confirmação oficial da Casa Branca deixa uma margem de incerteza, porém a reportagem do The New York Times, considerando seu peso e credibilidade, já se configura como um evento de alta relevância para a compreensão do conflito.