Bicheiro Rogério Andrade fica isolado em cela de 6 m² em presídio de segurança máxima em MS



Bicheiro Rogério Andrade fica isolado em cela de 6m² em presídio de segurança máxima em MS

– O bicheiro Rogério Andrade, condenado a 23 anos de prisão por crimes como organização criminosa e lavagem de dinheiro, está em isolamento em uma cela individual de 6m² no Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. A informação foi confirmada pela Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) nesta quarta-feira (13).

De acordo com a Agepen, Andrade chegou ao presídio no dia 11 de novembro e foi encaminhado para a ala de segurança máxima, onde ficam presos considerados de alto risco. Ele não terá contato com outros detentos e receberá acompanhamento médico e psicológico.

A decisão de manter Andrade em isolamento foi tomada pelo Conselho Penitenciário, que avaliou o risco de fuga e a necessidade de garantir a segurança do preso e dos demais detentos. O bicheiro era considerado foragido da justiça desde 2019 e foi recapturado em 2023 em uma operação conjunta da Polícia Federal e da Polícia Civil do Rio de Janeiro.

A Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) não divulgou detalhes sobre a rotina de Andrade no presídio, mas afirmou que ele terá acesso a atividades como leitura, escrita e estudo. A família do bicheiro poderá visitá-lo uma vez por semana, com duração máxima de duas horas.

A transferência de Andrade para o presídio de segurança máxima em Mato Grosso do Sul gerou polêmica entre especialistas em segurança pública. Alguns defendem a necessidade de medidas rigorosas para evitar que o bicheiro volte a atuar no crime organizado, enquanto outros argumentam que o isolamento pode ser prejudicial à saúde mental do preso.

Andrade foi condenado em 2019 a 23 anos de prisão por integrar uma organização criminosa que atuava no Rio de Janeiro. Ele também foi condenado por crimes como lavagem de dinheiro e corrupção. Segundo a denúncia do Ministério Público, o bicheiro comandava um esquema de jogos de azar e lavava dinheiro através de empresas de fachada.

Após a condenação, Andrade fugiu para o Paraguai e passou a ser considerado foragido da justiça. Ele foi recapturado em julho de 2023 em uma operação conjunta da Polícia Federal e da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Desde então, ele estava preso na Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná, até ser transferido para o Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande.

A transferência de Andrade para o presídio de Mato Grosso do Sul é mais um capítulo na saga do bicheiro, que há anos luta contra a justiça e o crime organizado. A decisão da Agepen de manter o preso em isolamento levanta questionamentos sobre a melhor forma de lidar com criminosos de alta periculosidade e garantir a segurança dos detentos e da sociedade.

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