BC: Galípolo não pode dar ‘cavalo de pau’, e alta dos juros já estava ‘praticamente demarcada’, diz Lula



Lula critica atuação do Copom e defende autonomia do Banco Central, mas com responsabilidades

Brasília, 30 de janeiro de 2025 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar a atuação do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central nesta quarta-feira (30), em declarações à imprensa no Palácio do Planalto. Embora reafirmando seu respeito pela autonomia da instituição, Lula cobrou maior responsabilidade do Copom na condução da política monetária, argumentando que as altas taxas de juros impactam negativamente a economia e a população.

Durante a conversa com jornalistas, Lula mencionou a taxa Selic, atualmente em 13,75%, como um fator que inibe o crescimento econômico e dificulta a geração de empregos. O presidente não mencionou números específicos de emprego ou crescimento, mas sua preocupação com os efeitos da taxa de juros sobre a economia brasileira ficou evidente. Ele reiterou a necessidade de se encontrar um equilíbrio entre a estabilidade de preços e o crescimento econômico sustentável, afirmando que a alta taxa de juros prejudica a população e as empresas.

O chefe do Executivo não apresentou propostas concretas para alterar a política monetária ou a estrutura do Banco Central. Suas declarações se concentraram na necessidade de o Copom considerar os impactos sociais e econômicos de suas decisões, buscando uma atuação que promova o desenvolvimento sem abrir mão do controle da inflação. A fala de Lula reforça a tensão existente entre o governo e o Banco Central, que já se manifestou publicamente em outras ocasiões sobre a pressão política sofrida.

A declaração do presidente ocorre em um momento de intenso debate nacional sobre o papel do Banco Central e a influência da política monetária sobre a conjuntura econômica brasileira. As críticas de Lula, embora sem propostas imediatas de mudança, sinalizam a intenção do governo de manter a pressão sobre o Copom para que este revise sua estratégia e considere, de forma mais contundente, os impactos sociais da política de juros. A expectativa é que o tema continue gerando debates e discussões nos próximos meses.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *