‘Banco Central quer produzir uma recessão’, diz Flávia Oliveira sobre elevação da Selic para 12,25% ao ano
Brasília, 11 de dezembro de 2024 – Flavia Oliveira assume hoje a presidência do Conselho Monetário Nacional (CMN) e, simultaneamente, o comando do Banco Central. Sua nomeação, anunciada pelo governo na última semana, chega em um momento crucial para a economia brasileira, marcado por debates acirrados sobre a inflação e as perspectivas para as taxas de juros. A economista, reconhecida por sua experiência no mercado financeiro, terá o desafio de conduzir a política monetária em um cenário de incertezas.
A posse de Oliveira ocorre em um contexto de inflação ainda persistente, embora com sinais recentes de arrefecimento. Dados divulgados pelo IBGE apontam uma taxa de inflação de 4,5% nos últimos 12 meses, um número que, embora menor do que os picos registrados no início do ano, ainda se encontra acima da meta estabelecida pelo governo. A nova presidente terá que equilibrar a necessidade de controlar a inflação com a manutenção do crescimento econômico, uma tarefa complexa que demandará decisões estratégicas em relação à taxa Selic.
Analistas do mercado financeiro têm opiniões divergentes sobre a política monetária que Oliveira deverá implementar. Alguns acreditam que a nova presidente manterá a taxa Selic em seu nível atual, de 13,75% ao ano, para monitorar os efeitos da política já em curso e avaliar a evolução da inflação nos próximos meses. Outros, no entanto, defendem um corte gradual nas taxas de juros, argumentando que a desaceleração da inflação justifica uma flexibilização da política monetária para estimular o crescimento econômico.
A experiência de Flavia Oliveira no setor financeiro, sua formação acadêmica e seu histórico profissional são apontados como fatores que a credenciam para lidar com os desafios que a aguardam. A expectativa é que ela apresente um plano claro para a condução da política monetária nos próximos meses, buscando garantir a estabilidade econômica e o crescimento sustentável do país. Acompanharemos de perto as decisões da nova presidente e seus impactos na economia brasileira.
A posse de Flavia Oliveira marca uma nova fase na política econômica do Brasil. O sucesso de sua gestão dependerá da capacidade de navegar por um cenário econômico complexo, equilibrando a necessidade de controlar a inflação com a promoção do crescimento. Os próximos meses serão cruciais para avaliar o impacto de suas decisões sobre a economia brasileira e a confiança dos investidores.