Autoridades vão até a casa do presidente afastado da Coreia do Sul para prendê-lo
Seul, 2 jan 2025 – A Coreia do Sul vive um momento de grande tensão política após a justiça decretar, nesta quinta-feira (2), uma ordem de prisão contra o ex-presidente Lee Myung-bak. A decisão, tomada pelo Tribunal Distrital Central de Seul, põe fim a meses de investigações sobre acusações de corrupção contra o ex-mandatário. Lee Myung-bak, que governou o país entre 2008 e 2013, é acusado de receber subornos de empresas e de desvio de recursos públicos.
O juiz encarregado do caso justificou a decisão com base na gravidade das acusações e no risco de fuga do ex-presidente. A promotoria havia pedido a prisão preventiva de Lee Myung-bak em novembro, alegando que havia provas contundentes contra ele e que ele poderia tentar obstruir a justiça. A defesa, por sua vez, argumentou que as acusações eram infundadas e que o ex-presidente deveria responder ao processo em liberdade.
As acusações contra Lee Myung-bak incluem o recebimento de subornos de empresas em troca de favores governamentais, bem como o desvio de milhões de dólares em fundos públicos para contas secretas no exterior. As investigações duraram meses e envolveram depoimentos de diversas testemunhas e análise de documentos financeiros.
A decisão da justiça gerou reações divergentes na Coreia do Sul. Apoiadores de Lee Myung-bak se manifestaram em frente ao tribunal, protestando contra a ordem de prisão e acusando o governo de perseguição política. Já os opositores comemoraram a decisão, afirmando que a justiça está sendo feita.
A prisão de Lee Myung-bak marca um novo capítulo na história política da Coreia do Sul, que tem enfrentado uma série de escândalos de corrupção nos últimos anos. A expectativa agora é que o processo judicial prossiga com celeridade, a fim de esclarecer os fatos e determinar a culpabilidade do ex-presidente. O caso certamente terá grande repercussão não apenas internamente, mas também internacionalmente, visto a complexidade das relações diplomáticas envolvidas e os possíveis impactos econômicos. A ordem de prisão representa, portanto, um passo significativo na busca por justiça e transparência no país.