Atraso na desova das tartarugas no rio Guaporé causa morte de mais da metade dos filhotes, aponta biólogo



Atraso na desova afeta sobrevivência de filhotes de tartarugas no Rio Guaporé

Porto Velho, Rondônia – 07 de janeiro de 2025 – Um atraso significativo na desova das tartarugas no Rio Guaporé, em Rondônia, causou a morte de mais da metade dos filhotes, segundo aponta o biólogo Paulo Roberto de Souza. O especialista, que acompanha a situação há anos, afirma que o fenômeno, incomum para a época, gerou impactos devastadores na reprodução da espécie.

De acordo com Souza, a desova, que normalmente ocorre entre setembro e novembro, se atrasou consideravelmente neste ano. Essa demora expôs os ovos a condições climáticas adversas, principalmente à incidência de chuvas mais intensas do que o habitual no período. A umidade excessiva, combinada com a temperatura do solo, contribuiu para a proliferação de fungos e bactérias, resultando na morte de aproximadamente 60% dos filhotes.

O biólogo ressalta a gravidade da situação, afirmando que a mortalidade afeta a sustentabilidade da população de tartarugas na região. Ele explica que a redução drástica no número de filhotes compromete o ciclo reprodutivo da espécie a longo prazo. A pesquisa de Souza, que monitora diversas praias de desova ao longo do Rio Guaporé, revelou a extensão do problema, que se apresenta como uma ameaça significativa para a conservação das tartarugas.

A causa específica para o atraso na desova ainda não foi totalmente determinada, mas o biólogo levanta a hipótese de que mudanças climáticas e a interferência humana no ecossistema possam estar contribuindo para esse desequilíbrio. Ele enfatiza a necessidade de estudos mais aprofundados para compreender a complexidade do problema e, assim, desenvolver estratégias eficazes de preservação das tartarugas do Rio Guaporé. Souza alerta para a importância da conservação do habitat e para a necessidade de ações imediatas para mitigar os impactos negativos causados pelo atraso na desova.

A situação exige atenção das autoridades ambientais e da comunidade local. A preservação desta espécie é fundamental para o equilíbrio do ecossistema do Rio Guaporé, e a perda significativa de filhotes representa um alerta para a necessidade de ações urgentes de conservação e preservação do meio ambiente. A continuidade dos estudos e o monitoramento da desova são imprescindíveis para a garantia da sobrevivência das tartarugas na região.

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