Assad afirma que Síria caiu nas mãos de ‘terroristas’



Assad afirma que a Síria caiu nas mãos de terroristas, em entrevista à CartaCapital

– Em entrevista exclusiva à CartaCapital, o presidente sírio Bashar al-Assad afirmou que seu país caiu nas mãos de terroristas durante o conflito que começou em 2011. Para Assad, a intervenção estrangeira foi fundamental para o agravamento da situação, permitindo que grupos extremistas se fortalecessem e desestabilizassem o país. A entrevista, concedida por videoconferência, aborda diversos pontos cruciais da guerra, incluindo a atuação de potências internacionais e o futuro da reconstrução nacional.

Assad tece duras críticas à intervenção ocidental, alegando que esta, longe de promover a democracia, contribuiu para a radicalização e o crescimento de grupos terroristas como o ISIS. Ele argumenta que a desestabilização do país, iniciada com protestos em 2011, foi aproveitada por forças externas para criar um cenário caótico que beneficiou seus interesses geopolíticos. O presidente sírio não poupa esforços em destacar que a Síria foi vítima de uma conspiração internacional, a qual, segundo ele, visava a fragmentação do país.

A entrevista não se limita a uma simples denúncia da interferência estrangeira. Assad detalha a estratégia militar do seu governo, afirmando que, apesar das dificuldades, o exército sírio, com o apoio de aliados, conseguiu recuperar vastas áreas do território antes controladas por grupos extremistas. Ele menciona a ajuda de aliados, sem entrar em detalhes sobre a extensão e o tipo de apoio recebido. A reconstrução do país, um tema central na conversa, é apresentada por Assad como um processo complexo que exige a cooperação internacional, mas sem concessões àqueles que contribuíram para a destruição da Síria.

Apesar da vitória militar em várias frentes, Assad reconhece os desafios gigantescos que a Síria enfrenta. A reconstrução da infraestrutura devastada pela guerra, a reintegração de milhões de refugiados e o enfrentamento das consequências humanitárias são pontos cruciais para o futuro do país. A entrevista, porém, não apresenta números ou planos detalhados sobre como essas metas serão alcançadas.

Para Assad, a estabilidade da Síria é fundamental para a estabilidade da região. Ele finaliza a entrevista reiterando sua confiança na capacidade do povo sírio em superar as dificuldades e reconstruir o país, enfatizando a necessidade de uma abordagem que priorize a soberania nacional e a rejeição de qualquer intervenção externa que vise desestabilizar o país. A entrevista deixa claro o posicionamento do presidente sírio diante da guerra e o caminho que ele pretende seguir para reconstruir a nação após anos de conflito.

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