Às vésperas da posse de Trump, Rússia e Irã assinam acordo militar e econômico
Rússia e Irã firmam acordo militar e econômico às vésperas da posse de Trump
– Enquanto a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos se aproximava, Rússia e Irã firmaram um amplo acordo de cooperação militar e econômica, causando ondas de preocupação em Washington. O acordo, anunciado na quinta-feira (19), reforça a aliança estratégica entre os dois países, representando um desafio significativo à influência americana na região.
O documento, assinado durante a visita do presidente iraniano Hassan Rohani a Moscou, abrange uma série de áreas cruciais. No setor militar, o acordo prevê a intensificação da cooperação em defesa, incluindo a troca de informações de inteligência e o desenvolvimento conjunto de tecnologias militares. Detalhes específicos sobre os tipos de armamentos ou tecnologias envolvidas não foram divulgados publicamente.
O componente econômico do acordo é igualmente significativo. A Rússia prometeu investir pesadamente na economia iraniana, com um foco particular nos setores de energia e infraestrutura. Embora valores específicos não tenham sido revelados, o acordo sinaliza um compromisso de longo prazo para fortalecer a interdependência econômica entre os dois países, o que pode incluir investimentos em projetos de petróleo e gás.
A assinatura deste acordo, tão próximo à posse de Trump, é vista por analistas como uma demonstração clara da determinação da Rússia e do Irã em fortalecer sua parceria estratégica, independentemente da postura da nova administração americana. A aproximação entre Moscou e Teerã se intensificou nos últimos anos, especialmente em meio às tensões com os Estados Unidos. A cooperação militar e econômica reforçada representa uma potencial mudança no equilíbrio de poder na região, com implicações geopolíticas de longo alcance.
A proximidade entre Rússia e Irã, ambos sujeitos a sanções internacionais em diferentes momentos, demonstra uma crescente resistência à ordem mundial liderada pelos EUA. A parceria estratégica entre os dois países levanta questões sobre a eficácia das sanções e a capacidade de Washington em influenciar o cenário geopolítico do Oriente Médio. A nova administração Trump terá que lidar com este cenário consolidado e complexo, que poderá dificultar a implementação de sua política externa na região. A conclusão do acordo sugere que os dois países estão determinados a continuar sua cooperação apesar da pressão internacional e das potenciais mudanças na política americana.