‘As pessoas não são o vírus’, diz técnica de Enfermagem que descobriu HIV quando foi doar sangue há 25 anos
“As pessoas não são o vírus”: Técnica de enfermagem relembra diagnóstico de HIV há 25 anos
Vitória, Espírito Santo – 10 de dezembro de 2024 – Há 25 anos, a vida de uma técnica de enfermagem, cujo nome não foi divulgado pela reportagem, mudou para sempre. Ao doar sangue, ela recebeu um diagnóstico devastador: HIV positivo. Hoje, ela compartilha sua história, marcada pela luta contra o preconceito e pela busca incansável por informação e tratamento, buscando conscientizar sobre a importância dos testes e a necessidade de combater a estigmatização em torno da doença.
A descoberta, em 1998, foi um choque. A técnica de enfermagem lembra da sensação de descrença e do medo do desconhecido. Sem precedentes na sua família, a notícia a atingiu profundamente. “Foi um baque, uma coisa inesperada. Naquela época, não se falava muito sobre HIV”, relembra. A falta de informação, aliada ao preconceito arraigado na sociedade, dificultou ainda mais o processo de enfrentamento da doença.
Nos anos que se seguiram, a luta foi árdua. A técnica de enfermagem destaca a dificuldade de acesso à informação e ao tratamento adequados, contrastando com a realidade atual, onde os avanços médicos garantem uma melhor qualidade de vida para os portadores do vírus. A busca por conhecimento e apoio se tornou fundamental para sua jornada. Ela aprendeu a lidar com os efeitos físicos e emocionais da doença, e, principalmente, a combater a discriminação que enfrentou.
A frase que a define e guia sua trajetória é: “As pessoas não são o vírus”. Esta declaração resume sua luta contra o preconceito e a estigmatização que ainda permeiam o debate sobre o HIV. Ela acredita que a conscientização é a chave para mudar essa realidade, incentivando a realização de testes regulares e promovendo um ambiente de respeito e compreensão para aqueles que convivem com a doença.
Vinte e cinco anos depois do diagnóstico, a técnica de enfermagem segue firme na sua luta pela conscientização e pelo combate à discriminação. Sua história serve como um poderoso testemunho da resiliência humana e da importância da informação na prevenção e no tratamento do HIV. A experiência vivida a transformou numa defensora da causa, mostrando que é possível viver com HIV, e que a doença não define a pessoa. Ela espera que seu relato inspire outras pessoas a buscarem informações, se testarem e quebrarem o silêncio em torno do HIV.