Argentina é o único país a votar contra resolução pelo fim da violência contra mulheres e meninas na ONU
Argentina isola-se na ONU ao votar contra resolução para acabar com violência contra mulheres e meninas
Na última quarta-feira (14), a Argentina se tornou o único país a votar contra uma resolução da ONU que visa acabar com a violência contra mulheres e meninas. A resolução, aprovada por 188 países, condena todas as formas de violência contra mulheres e meninas e pede ações concretas para prevenir e combater o problema.
A decisão argentina gerou críticas de diversas organizações e países, que acusaram o país de dar um passo atrás na luta pelos direitos das mulheres. A resolução, apresentada pela Sérvia, foi aprovada com 188 votos a favor, nenhum voto contra e 1 abstenção.
A Argentina argumentou que a resolução “não reflete a realidade” e que o país já possui uma legislação robusta para proteger as mulheres. O governo argentino também afirmou que a resolução “não leva em consideração as diferentes realidades culturais e sociais” dos países.
No entanto, diversos especialistas e ativistas criticaram a posição da Argentina, argumentando que a resolução é um passo crucial para a proteção dos direitos das mulheres e que a oposição do país envia um sinal negativo para o mundo.
“A Argentina está dando um passo atrás na luta contra a violência contra as mulheres”, afirmou a diretora da ONU Mulheres, Sima Bahous. “É fundamental que todos os países se unam para garantir que as mulheres e meninas tenham seus direitos respeitados e protegidos.”
A resolução da ONU pede aos países que adotem medidas para prevenir a violência contra mulheres e meninas, incluindo a criação de leis e políticas específicas, a promoção da igualdade de gênero e o acesso à justiça. A resolução também reconhece a importância da participação das mulheres e meninas na tomada de decisões e na construção de sociedades livres de violência.
A decisão da Argentina de votar contra a resolução gerou um debate acalorado sobre o compromisso do país com os direitos humanos das mulheres. Organizações da sociedade civil e de defesa dos direitos das mulheres condenaram a decisão, enquanto o governo argentino defende sua postura, argumentando que a resolução não é adequada para a realidade do país.